Quase três meses após suspender produção, Ford retomada atividades

Diário do Poder

 

Parada desde o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, no fim de março, a Ford retomou a produção na fábrica de Camaçari (BA), ontem segunda-feira (22). A montadora informa também que a planta de Taubaté (SP) reinicia as atividades fabris em 1º de julho.

 

Segundo a marca, ela adotou um processo global para determinar o momento certo de retomada da produção, com a avaliação constante das condições de saúde pública e das ações e recomendações do governo, assim como da disponibilidade dos fornecedores.

 

“Temos monitorado de perto o estado da pandemia no Brasil nas últimas semanas, já que a saúde e a segurança dos nossos empregados são prioridades máximas em todas as decisões. Nós trabalhamos intensamente para redesenhar nossos processos, protocolos de trabalho e instalações para garantir que quando voltarmos ao trabalho haja um ambiente saudável e seguro para todos”, afirma Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.

 

Ainda de acordo com a Ford, a aceleração da produção será feita gradualmente, conforme os trabalhadores se ajustarem aos novos protocolos de saúde e segurança e toda a cadeia de fornecedores ganhe velocidade.

 

Nessa fase, a fábrica de Camaçari vai operar em um turno a partir de 22 de junho, e a fábrica de Taubaté vai retornar com um turno a partir de 1º de julho. Além disso, todos os funcionários que podem fazer seu trabalho remotamente continuarão a atuar dessa forma.

 

Para orientar os empregados sobre os novos protocolos de saúde e segurança, a Ford criou um Guia de Retorno ao Trabalho na Manufatura, com normas e recomendações abrangentes para informar e proteger sua força de trabalho.

 

Esse guia foi elaborado com base nas práticas e sugestões de especialistas de todo o mundo e incluem auto certificação diária de saúde, verificação de temperatura sem toque na chegada, máscaras faciais obrigatórias para todos que entrarem nas instalações da marca e uso de óculos com proteção lateral ou facial nas tarefas que não permitem o distanciamento social.

 

Além disso, o intervalo de tempo entre os turnos de produção será ampliado para limitar a interação entre os funcionários e permitir limpeza adicional.

 

Ainda de acordo com a americana, ela produziu máscaras de proteção facial na fábrica de Camaçari para uso próprio nas instalações, reduzindo a demanda dos fornecedores desses equipamentos de proteção individual requeridos pelos serviços médicos e outras indústrias. (Diário do Poder/Geison Guedes)