O Estado de S. Paulo
Audi, BMW, Ferrari, Lamborghini, Mercedes-Benz e Porsche. Essas marcas produzem carros que são os sonhos de muitos, seja pelo luxo, visual ou potência de seus motores. Mas há sempre quem acredita que, por melhor que seja a receita, sempre dá para melhorar. É para esse restrito grupo que trabalham as preparadoras especializadas. Em alguns casos, a modificação é tão ampla que os veículos ganham até uma nova numeração de registro do chassi.
Focadas em desempenho e/ou customização, as preparadoras dão atenção a cada detalhe e extraem o melhor de cada veículo. Na maioria das vezes, o custo da transformação está longe de ser o mais importante.
A Brabus é umas das mais conhecidas. E falar da empresa alemã é falar de Mercedes-Benz. Criada em 1977, em Bottrop, por Bodo Buschmann, a Brabus surgiu focada em carros da marca e faz isso até hoje. É uma das preparadoras com licença do governo alemão para dar novo número de chassi aos carros.
Uma de suas mais recentes invenções é a Brabus 800 Adventure XLP. A picape é baseada na nova geração do Mercedes AMG G63, a mais poderosa do jipe feito na Áustria. Há duas configurações: motor de 700 cv e preço de R$ 6,5 milhões, e de 800 cv por R$ 9 milhões. Esses valores foram baseados na conversão direta, sem taxas.
A ABT também é uma preparadora consagrada. A também alemã foi fundada em 1967 por Johann ABT e trabalhava com diversas marcas e carros, como o Fiat 500. A partir dos anos 1990, a ABT assumiu a operação da Audi em uma categoria de turis mona Alemanha, consolidando a parceria coma marcado Grupo VW. Uma de suas mais notórias criações foi um A1 com motor 2.0 TFSI que gera 400 cv.
Há até uma preparadora que ficou famosa por causa do Fusca. Trata-se da Oettinger, que surgiu em 1951 por Gerhard Oettinger com o nome de Okrasa, abreviação de Oettingers Kraftfahrttechnische Spezialanstalt, ou “Instituto de engenharia automotiva do Oettinger”.
O nome guardava uma “piada”. Na época, havia um remédio na Alemanha para melhorar o desempenho sexual chamado Okasa. No Brasil, os kits da empresa para o motor 1.4 turbo de T-Cross, Jetta e as versões GTI de Polo e Virtus são vendidos pela importadora Strasse. (O Estado de S. Paulo/José Antonio Leme)