CNH retoma produção parcial em todas as fábricas

AutoIndústria 

 

Com a produção interrompida desde o fim de março por conta da pandemia da Covid-19, já na semana passada a CNH Industrial na América do Sul começou a retomar gradativamente suas atividades no Brasil e Argentina. O grupo conta com 8,5 mil trabalhadores – 1 mil deles na Argentina -, divididos em seis unidades produtivas, áreas administrativas e de peças, além do braço financeiro.

 

A CNH é a maior fabricante de máquinas agrícolas e rodoviárias do País, respectivamente, com as marcas New Holland e Case, veículos comerciais e motores. Conta com cinco fábricas em Contagem e Sete Lagoas, MG, Curitiba, PR, e Piracicaba e Sorocaba, SP.

 

As quatro plantas dedicadas às máquinas foram as primeiras a reativarem suas linhas já no dia 15, quarta-feira.  Os funcionários da unidade de Sete Lagoas, base produtiva de veículos comerciais Iveco e de motores da FPT, voltaram ao trabalho na quarta-feira, 22.

 

Segundo a CNH, todas as operações já foram retomadas, mas em ritmos diferentes, visando a adequação à demanda. A empresa afirma que nem todos os trabalhadores retornaram às linhas de montagem e o porcentual varia de acordo com as linhas de produtos.

 

Funcionários das áreas administrativas seguem em home-office para assegurar menor fluxo de pessoas nas fábricas e aglomeração em áreas comuns, como nos refeitórios. “Todas as plantas retomam as atividades seguindo rigorosos padrões de higiene e uma série de cuidados para proteger a saúde dos colaboradores”, afirma a CNH.

 

A retomada das atividades nas plantas brasileiras foi definida após a conclusão de negociações com os sindicatos dos trabalhadores das cidades onde a empresa tem fábrica sobre a adoção de medidas previstas na MP 936. A CNH não detalha, mas diz que os acordos são assemelhados ao efetivado com os trabalhadores de Curitiba e aprovado em 9 de abril.

 

No caso da unidade paranaense, ficou acertada a suspensão do contrato de trabalho por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, de cerca de 70% dos trabalhadores da produção. A área administrativa teve a jornada reduzida em 25% por no máximo 3 meses.

 

O acerto estipulou ainda o pagamento integral do salário líquido para quem ganha até R$ 9 mil e 90% acima dessa faixa, tanto para o pessoal da produção como o da área administrativa. Também ficou definido garantia de emprego até o fim do acordo e pelo mesmo período após o seu término. (AutoIndústria/George Guimarães)