Montadoras de veículos e Senai recuperam respiradores quebrados

Portal G1

 

Para ajudar no combate ao coronavírus e salvar mais vidas, o Senai e montadoras de veículos de todo o Brasil estão recuperando quase mil respiradores quebrados. Essa é uma das alternativas para usar a mão-de-obra que parou por causa da pandemia.

 

As mãos acostumadas a montar motores e carrocerias agora se estendem para uma causa nobre: o conserto de respiradores.

 

“É com muito orgulho que a gente está aqui representando nossas empresas vestindo a camisa e enfrentando a pandemia. Cada equipamento que a gente repara são algumas vidas que a gente ajuda a salvar”, conta Vítor Oliveira, que é eletromecânico.

 

Uma montadora que fica em Itatiaia, no Sul do estado, recebeu quinze aparelhos recentemente. O respirador, quando chega ao local, fica isolado e ninguém pode tocar nele por 24 horas. Só depois desse período o aparelho vai pro setor de higienização. Um técnico passa produtos e faz a desinfecção do aparelho. Somente depois dessas duas etapas, ele vai para a oficina.

 

Alguns respiradores mais antigos passam mais tempo porque é difícil achar peças de reposição, mas essa não é a regra. A maioria dos aparelhos só precisa de pequenos reparos.

 

“Aqui é de fácil reparo, porém a necessidade que temos é a peça de reposição. Alguns equipamentos não conseguem ligar, algum reparo numa placa, na parte elétrica”, explica Vinicius Pedroso, engenheiro de manutenção.

 

Cada peça, cada componente é verificado pelos técnicos. Depois de tudo checado, é preciso saber se o respirador está funcionando. O teste é feito em um balão que simula o pulmão de um paciente. A última fase é a da calibragem do aparelho.

 

Todo esse processo dura em média uma semana. Nessa quinta-feira (23), o primeiro respirador consertado foi devolvido. Ele pertence a esse hospital público de Volta Redonda, que até hoje só tinha dois respiradores funcionando.

 

“Nós vamos salvar muitas vidas, a população de Volta Redonda pode contar com isso. Se a gente fosse gastar um reparo seria uns R$ 5 mil”, comenta Marcelo Pereira, administrador do hospital. (Portal G1/Rogério Lima e Fred Justo)