Zero Hora
A evolução do coronavírus acelerou a procura por máscaras e a necessidade de uso dos respiradores nas unidades de tratamento intensivo (UTI). Os fabricantes de veículos do país estão se engajando no combate à pandemia. Com as linhas de montagem paradas, as montadoras colaboram com os órgãos oficiais em diversas iniciativas.
Os ventiladores de ar médicos, os chamados respiradores, são decisivos para o tratamento dos contaminados pelo covid-19.
Além da febre e da tosse, em muitos casos o vírus ataca o pulmão e exige a internação. Nas UTIs, os contagiados com dificuldade de respirar podem precisar da ajuda dos ventiladores de ar médicos.
Com a produção nas fábricas de veículos paradas ou em desaceleração, montadoras anunciaram ações de combate ao covid-19 e a colaboração com os governos federal, estaduais e municipais.
Conserto de respiradores
A General Motors atua junto às autoridades em trabalho com Ministério da Economia, Senai, Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin) e outras montadoras para unir uma força-tarefa no conserto de todos os respiradores que não estão funcionando no Brasil.
A Iniciativa + Manutenção de Respiradores aumentará o número de aparelhos disponíveis para atender pacientes graves infectados pelo covid-19. Conforme a GM, já foram mapeados mais de 3 mil respiradores fora de operação, mas o número poderá ser ainda maior.
O objetivo é consertar 100% dos aparelhos. Os respiradores são buscados nos hospitais e levados até uma fábrica mais próxima – Gravataí, no RS, e São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, em SP.
Consertados com a mão de obra técnica voluntária treinada pelo Senai, o equipamento retornará ao hospital de origem para ser usado no combate ao covid-19 depois de voltar a funcionar.
Máscaras e veículos
A Volkswagen está com duas ações: o empréstimo de cem veículos para deslocamento dos profissionais da saúde, transporte de equipamentos e medicamentos, entre outras necessidades ligadas ao combate ao coronavírus. Os carros foram emprestados às prefeituras onde a montadora tem fábricas: São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR).
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A Volkswagen também anunciou a doação de 2 mil máscaras faciais protetoras para as cidades onde há unidades. As máscaras eram usadas na linha de produção e fazem parte do estoque da empresa. A doação está sendo feita em cooperação com a Defesa Civil dessas localidades.
O grupo PSA – Peugeot Citroën – revelou que poderá produzir protetores faciais em impressoras 3D. A ação será parceira com a FabLAb, da Firjan Senai, de Resende (RJ), cidade próxima à fábrica da PSA,em Porto Real.
A Renault deverá anunciar nos próximos dias ações como a produção de máscaras faciais em 3D e o conserto de respiradores.
Exterior
A falta de respiradores na Europa e nos Estados Unidos levou montadoras a avaliarem a produção dos equipamentos durante a pandemia global. Na América do Norte são Ford, GM e Tesla e, no Velho Continente, as alemãs Volkswagen e Daimler, a italiana Ferrari e a ítalo-americana Fiat Chrysler Automobildes. (Zero Hora/Gilberto Leal)