Motor 1
A partir da próxima segunda-feira (30), nenhum carro será produzido no Brasil até o dia 6 de abril. Todas as 15 empresas com linha de montagem de automóveis no país estarão com suas operações fabris suspensas, como forma de evitar a circulação de pessoas e impedir que o Covid-19 continue a se espalhar. Algumas empresas, como Fiat-Chrysler, General Motors, Mercedes-Benz e Volkswagen, já suspenderam as atividades de suas fábricas.
Nesta segunda-feira (23), as cinco fabricantes restantes anunciaram que irão paralisar sua produção a partir da próxima quarta-feira. São elas Caoa (Chery e Hyundai), Hyundai, HPE (Mitsubishi e Suzuki) Jaguar Land Rover e Nissan. Algumas estavam preparando o plano para o fechamento temporário, enquanto outras esperaram até uma medida do governo.
A Hyundai é um caso a parte, já que a fábrica em Piracicaba (SP) estava fechada desde a última sexta-feira (20), após um funcionário da empresa ser diagnosticado com o coronavírus. A fabricante fez uma higienização e desinfecção do complexo e pretendia reiniciar a produção hoje (23). Porém, os planos mudaram e a unidade continuará fechada até quarta-feira para, em seguida, iniciar as férias coletivas até 9 de abril.
Muitas empresas justificam que a demora em uma definição acontece por conta do trâmite interno para aprovar algo assim, além da espera pelos planos do governo para o combate ao vírus. Algumas receberam a ordem direto de suas matrizes, como foi com Fiat-Chrysler, Ford, GM, Volkswagen e outras, acelerando o processo para suspender a produção e proteger seus funcionários. Para outras, o processo é mais lento, sendo necessário conseguir a aprovação.
O próprio processo de paralisação das fábricas varia muito para cada empresa. Algumas já foram adotando as medidas necessárias enquanto aguardavam pela aprovação da matriz, podendo interromper imediatamente. Outras só iniciaram o processo agora, reduzindo a produção aos poucos até parar completamente.
Há fabricantes que pararam há mais tempo e tem previsão de voltar a operar a partir da segunda semana de abril. Motor1.com conversou com algumas delas e, em todos os casos, a resposta foi a mesma: a situação está sendo monitorada e, caso haja necessidade, a paralisação pode ser estendida pelo tempo necessário. (Motor 1/Nicolas Tavares)