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Depois de se retirar de países como Reino Unido, Índia, Japão e África do Sul, a marca Chevrolet se despede nesta semana de outro importante mercado de mão inglesa: a Tailândia. Em anúncio oficial, a General Motors confirmou que venderá toda a estrutura que mantém no país desde os anos 2000 para a chinesa Great Wall, dando como justificativa a baixa demanda local.
A operação inclui uma fábrica com capacidade para produzir anualmente 180.000 veículos, além de uma planta para montagem 120.000 motores e transmissões – ambas localizadas nos arredores de Rayong. A retirada do mercado será completa e nem mesmo modelos importados serão vendidos.
“A baixa utilização da planta e a baixa previsão de volumes domésticos e de exportação impactaram significativamente o negócio”, disse Andy Dunstan, presidente da GM para mercados estratégicos. Em recado aos clientes, a marca garantiu que continuará dando suporte pelos próximos anos através dos serviços de garantia, pós-venda e reparos.
Os cerca de 1.900 funcionários serão indenizados e boa parte poderá ser aproveitada pela Great Wall, que pretende não apenas manter como ampliar as instalações atuais. A GM esperar concluir a venda das fábricas e o processo de saída do mercado ainda em 2020.
A decisão, vale lembrar, tem relação direta com o anúncio recente do fim das operações de venda, design e engenharia da Holden na Austrália e na Nova Zelândia. A fábrica tailandesa é responsável por produzir a picape Colorado (nossa S10) e o SUV Trailblazer para estes dois mercados e o fim da marca australiana acaba por inviabilizar a continuidade das operações fabris da GM no país asiático. Os dois utilitários também são vendidos na própria Tailândia, porém com o logotipo da Chevrolet.
Futuro da S10
A saída da GM da Tailândia terá impacto também no desenvolvimento das novas picapes médias do grupo. O país é um grande produtor de modelos do tipo e concentrou o projeto que originou as atuais S10 e Colorado. Fora da região, a empresa terá de transferir os trabalhos de engenharia e design para outros países (sendo os Estados Unidos, até agora, o destino mais provável).
Não por acaso, tudo indica que haverá unificação das futuras gerações de S10 e Colorado (modelo norte-americano, e não tailandês), com reflexos diretos no Brasil. Por aqui, esta nova linhagem já tem R$ 5 bilhões assegurados para ser produzida em São José dos Campos (SP), a exemplo do modelo atual. (Yahoo Finanças)