Jornal do Carro
O surto de coronavirus na China vem afetando a rotina também de montadoras chinesas que operam no Brasil. Se por enquanto o abastecimento de carros chineses no País não deve ser prejudicado, o ir e vir constante de empregados das marcas entre China e Brasil pode sofrer algum abalo.
Na JAC, a epidemia não deve alterar o cronograma de lançamentos nem a vinda de futuros lotes de carros importados. No entanto, uma viagem do presidente da marca no Brasil, Sergio Habib, junto de outros funcionários, foi cancelada por motivos de precaução. A fabricante também ampliou em uma semana as férias coletivas e os funcionários só voltam ao trabalho no próximo dia 10 de fevereiro.
Embora a JAC não tenha fábricas na região de Wuhan, epicentro do surto de coronavirus, a cidade é um grande centro industrial. Lá estão localizadas muitas fábricas de autopeças, e sua paralisação pode afetar o abastecimento de outras fabricantes na China. A JAC admite até algum efeito nos volumes de produção chineses, caso o bloqueio de Wuhan continue.
Lifan
Já a Lifan confirmou que tem executivos na China para as festividades do ano novo chinês. No entanto, eles estão na região de Chonguing, a cerca de 850 quilômetros de Wuhan. Com previsão de retorno ao Brasil para a próxima semana, a delegação está fora da zona de risco. Ainda assim, passarão pelas rígidas medidas de segurança impostas pelo governo chinês para conter a epidemia. O estado de todos os passageiros é verificado antes do embarque em qualquer avião em solo chinês.
Segundo especialistas, das marcas chinesas a mais afetada deverá ser a Dongfeng. A empresa sediada em Wuhan tem parcerias com Honda, Renault, Nissan e PSA para produção local. A fábrica já foi paralisada. No entanto, nenhum carro feito pela Dongfeng é importado para o Brasil. (Jornal do Carro)