Cruise mostra veículo autônomo desenvolvido com a Honda

AutoIndústria

 

A Cruise, unidade de veículos autônomos da General Motors, revelou seu primeiro modelo sem posto de direção para motorista e totalmente elétrico. O Origin, desenvolvido em parceria com Honda, foi projetado de maneira a proporcionar mais espaço interno para passageiros e, como provocou Dan Ammann, CEO da Cruise, será protagonista de serviço de transporte compartilhado, rivalizando com gigantes como a Uber.

 

Apesar da noite da última terça-feira, 21, dedicada à apresentação do veículo para a imprensa especializada e convidados, em São Francisco, Estados Unidos, a empresa não forneceu maiores detalhes, data de estreia nas vias públicas ou mesmo especificações técnicas, por exemplo, autonomia. Ammann garantiu, no entanto, que não se trata de um exercício conceitual, mas de um “veículo de produção”.

 

O Origin tem mais cara um pequeno ônibus. Como uma caixa e sem direção ou pedal de acelerador, o projeto concebeu mais espaço interno para conforto de até quatro pessoas. O veículo é alimentado por nova plataforma elétrica e de conceito modular para que a tecnologia possa ser atualizada conforme necessidade.

 

Ambiente regulatório

 

Segundo a imprensa especializada, a apresentação do Origin ocorre após a Cruise adiar, em julho passado, lançamento de frota autônoma baseada no Chevrolet Bolt. A decisão resulta da necessidade de mais orientações regulatórias diante de recentes acidentes nos quais a tecnologia autônoma não funcionou como se esperava justamente em momentos de desatenção dos motoristas, como os que envolveram modelos da Tesla e de SUVs da Uber.

 

A Cruise Automation, empresa de Software sediada em São Francisco, foi adquirida pela GM em 2016 para acelerar o desenvolvimento da tecnologia de veículos autônomos. De acordo com informações do diário Detroit News, no ano passado a companhia recebeu investimento superior a US$ 3,3 bilhões, o que inclui US$ 2,2 bilhões do fundo japonês SoftBank Investment Advisers. O aporte ocorreu alguns meses depois do anúncio da parceria de US$ 2,7 bilhões com a Honda, em outubro de 2018. (AutoIndústria)