Novo Audi A7 traz beleza em grandes dimensões

O Estado de S. Paulo/Jornal/Rafaela Borges

 

Os modelos conhecidos como cupês de quatro portas têm forte apelo emocional. A nova geração do Audi A7, que acaba de chegar às lojas por R$ 456.990, segue à risca a cartilha do segmento. Se destaca pelo visual impressionante, o prazer de dirigir e o amplo pacote de tecnologia. Tem ainda dimensões bastante avantajadas.

 

O teto rebaixado na coluna C forma uma peça única com a tampa do porta-malas (que traz abertura automática para o compartimento de 535 litros). A linha de cintura é baixa, na altura das maçanetas das portas. A solução dá a impressão que o A7 é ainda mais baixo que seu 1,42 metro de altura sugere.

 

Os faróis são do tipo fullLEDs e, opcionalmente, há a tecnologia Matrix. Ela evita ofuscamento aos carros que estão na frente do A7 e na direção oposta. Na prática, à noite é possível rodar com o farol alto sempre acionado – o sistema fará o papel de adaptar os fachos de luz. O item custa R$ 13 mil.

 

Por dentro, chama a atenção o sistema de telas que estreou no Q8, há cerca de um mês. O painel de instrumentos virtual com 12,3” agora é personalizável em três níveis. De 10,1”, o monitor da central multimídia é sensível ao toque. No exemplar avaliado, era preciso apertar os comandos com muita força para se obter respostas. A interação com smartphones de sistema operacional iOS (Apple) passa a ser feita via Wi-Fi. Para a tecnologia Android Auto, o espelhamento é via cabo.

 

A tela central inferior de 8,6” traz funções como comandos do ar-condicionado. O acabamento interno inclui couro, black piano e detalhes de alumínio. O entre-eixos cresceu 1,2 cm e tem 2,92 metros. O espaço para as pernas atrás é bom, mas só dois ficam bem acomodados, já que o túnel central é muito alto. Com 5 m de comprimento, o A7 não é difícil para manobrar. A direção oferece precisão nessa situação. Há câmeras em 360°. Elas projetam imagem em 3D na central multimídia.

 

O comando de altura e profundidade da coluna de direção é manual. Não atrapalha a missão de encontrar a boa, baixa e levemente inclinada posição de guiar, mas um modelo tão sofisticado merece comando elétrico.

 

Ao volante

 

O motor 3.0 V6 perdeu o compressor mecânico, e traz um turbo convencional. Ganhou 7 cv – são 340 cv. O torque de 51 mkgf passa a ser entregue em rotação mais baixa, apenas 1.370 rpm – ante os cerca de 3 mil rpm da versão anterior. O câmbio é automatizado de sete marchas e duas embreagens.

 

A avaliação foi curta (cerca de 5 km), em trechos da zona sul do Rio de Janeiro. Insuficiente para colocar à prova todas as aptidões do carro. Ainda assim, deu para avaliar a capacidade de retomada: o A7 responde bem, com muita força em baixa para disparar sem contratempos. Conforme a Audi, o carro vai de 0 a 100 km/h em 5,3 s. A direção é direta em mudanças bruscas de trajetória.

 

A tração nas quatro rodas é por demanda. Em condições normais, fica 100% no eixo dianteiro do carro. Conforme as condições de uso, passa a distribuir força entre os eixos – a Audi não informa a proporção da divisão. Para melhorar a aerodinâmica do A7, há um aerofólio, que se abre automaticamente a partir de 120 km/h. (O Estado de S. Paulo/Jornal/Rafaela Borges)