Banco de montadora não quer ficar conhecida só por financiar carro

Gazeta do Povo

 

Que serviços esperar de um banco de montadora? Tradicionalmente, a imagem está ligada ao financiamento de veículos, um negócio que movimentou R$ 86,95 bilhões no primeiro semestre só em novos contratos, segundo o Banco Central. Mas tem gente indo além. Dois nichos que estão sendo explorados são o de investimentos e o de terceirização de frotas.

 

Um dos negócios é a venda de CDBs. “É uma forma de reforçar os recursos que serão utilizados para o financiamento de veículos”, explica Paulo Noman, presidente da entidade empresarial. Os CDBs foram o produto de maior captação bancária em 2018, com o volume de emissões chegando a R$ 4,96 trilhões.

 

O Banco RCI, braço financeiro das montadoras Nissan e Renault, estão oferecendo CDBs para o público em geral. “Foi uma estratégia de diversificação do negócio, para ficarmos mais próximos de clientes ligados à marca”, diz Murilo Bruno, diretor de risco. Atualmente, a instituição tem 6 mil contas abertas e 316 mil clientes no financiamento.

 

A instituição está ampliando sua presença no segmento de CDBs. Depois de lançar um de liquidez diária, o braço financeiro das montadoras lançou outro, com rentabilidade de 108% do CDI e vencimento em um ano. Os investimentos podem ser feitos a partir de R$ 500.

 

Quem também está ampliando sua estratégia de atuação é a Volkswagen Financial Services. “Queremos ir além dos produtos tradicionais”, reconhece o diretor Rodrigo Capuruço. Há pouco mais de um ano, a empresa entrou no segmento de terceirização e gestão de frotas. A expectativa é de crescer na casa dos dois dígitos neste ano.

 

Para reforçar o seu funding, a instituição financeira também está apostando nos CDBs. Segundo o executivo, tradicionalmente eles são oferecidos a públicos que se relacionam com a montadora alemã, como representantes de concessionárias, colaboradores e executivos da empresa. Mas a empresa avalia novas possibilidades: uma delas seria a de oferecer o produto para o público em geral”. (Gazeta do Povo)