Com a nova geração, Corolla será exportado para mais quatro países

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O presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, não se negou a comentar outros assuntos durante o lançamento da 12ª geração do Corolla na terça-feira, 3, mas a todo momento lembrava que a estrela da noite era o primeiro carro híbrido flex do mundo, modelo que é apresentado pela própria empresa como um divisor de águas da marca no Brasil.

 

Em rápida entrevista a alguns jornalistas da área econômica, Chang destacou os atributos do novo Corolla, falou dos novos mercados que o sedã atingirá a partir de agora e ainda das perspectivas da marca para este ano.

Adiantou sobre o Toyota Mobility Service e admitiu que a empresa está sempre avaliando novas investidas no segmento de SUV quando questionado sobre a produção de um veículo do gênero por aqui.

 

“É uma categoria importante, mas por enquanto não tem nada definido”, desconversou o executivo. Antes limitado ao Mercosul, o Corolla agora vai ser exportado também para o Chile, Colômbia, Peru e Bolívia.

 

Com a chegada do Corolla híbrido flex a Toyota vai deixar de importar o Prius?

Vamos não só manter a venda local do Prius como também estamos trazendo o RAV-4 híbrido. O lançamento do Corolla híbrido flex representa o quanto a Toyota acredita no potencial do Brasil e no etanol. Mantivemos nosso plano de investir, desenvolvendo a plataforma TNGA ((Toyota New Global Architecture), que torna o Corolla globalmente competitivo. O aporte foi de R$ 1 bilhão em Indaiatuba e outros R$ 600 milhões na fábrica de motores de Porto Feliz, onde estamos produzindo a motorização 2.0.

 

O senhor falou em competitividade global. Quais são os planos de exportação do novo Corolla?

Além dos mercados que a atual geração já atende, que são os três países do Mercosul – Argentina, Paraguai e Uruguai – também vamos exportá-lo para o Chile, Colômbia e Peru. O mercado chileno, por exemplo, é abastecido atualmente por veículos da marca vindos da Tailândia. Os primeiros embarques ocorrem antes do final do ano para a Argentina.

 

O senhor acredita que o futuro do veículo brasileiro passa pelo híbrido flex? Há espaço para os elétricos por aqui?

O híbrido flex tem tudo para ganhar espaço no Brasil. O veículo elétrico precisa de muito investimento em infraestrutura e por isso não acredito em sua disseminação no curto prazo. O híbrido tem a vantagem de usar o etanol, que é um combustível mais limpo, aliado aos motores elétricos que garantem menor emissão de poluentes e menor consumo.

 

O governo do Estado de São Paulo revelou no mês passado que uma montadora japonesa instalada em São Paulo iria anunciar novo investimento. Especulou-se na época que seria a Toyota investindo em um SUV local. Isso procede?

A categoria de SUV é sem dúvida muito importante e estamos sempre avaliando ações nessa área. Tanto é que lançamos o RAV4 híbrido este ano. Mas não temos decisão tomada sobre produção local por enquanto.

 

A Toyota implantou terceiro turno em Sorocaba e acabou recuando por causa da retração do mercado argentino. Como estão as operações hoje?

O terceiro turno foi uma medida temporária, adotada quando o mercado argentino ainda estava bem e as projeções para o mercado brasileiro eram mais robustas. A partir da forte retração das vendas no país vizinho, o terceiro turno deixou de ser necessário. Estamos operando atualmente em nossas fábricas em dois turnos, utilizando nesse esquema nossa capacidade plena.

 

A Toyota superou a barreira dos 200 mil emplacamentos no ano passado (202,5 mil unidades), batendo recorde de vendas no Brasil. Haverá novo recorde este ano?

Estamos prevendo crescimento sim, em faixa próxima de 10%. Acreditamos que deveremos chegar a 217 mil, 218 mil, até 220 mil unidades.

 

Durante a apresentação do novo Corolla, foi divulgado o Toyota Mobility Service, um serviço de locação na rede. Como vai funcionar?

Não quero adiantar muita coisa porque hoje à noite é do Corolla. E vamos fazer um evento de lançamento desse serviço no dia 12, quinta-feira da próxima semana, durante o Vip Day que será a apresentação do novo sedã para clientes pré-selecionados. Mas é uma ação interessante que envolve o aluguel de veículos em nossa rede de concessionárias. O interessado baixa um aplicativo e contrata o carro por horas, um dia, um fim de semana ou por até 30 dias, fazendo o pagamento via cartão.

 

Quais modelos serão oferecidos? Toda a rede vai participar?

Toda a nossa linha estará à disposição para locação. Inicialmente serão dez concessionárias do País, incluindo pontos nas capitais de São Paulo, Bahia, Porto Alegre e Pernambuco, além do Distrito Federal e o interior de São Paulo. Oportunamente os nomes serão revelados. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)