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A expectativa de queda no mercado mundial de automóveis, especialmente por conta da desaceleração da China e sua guerra comercial com os EUA, tem motivado os fabricantes de veículos a buscar um novo horizonte e ele está na África.
O movimento das montadoras em direção ao velho continente africano se elevou muito em anos recentes e não estamos falando do Magreb, região norte da África, onde os mercados de Marrocos e Argélia comportam fábricas de automóveis, especial da Renault, tendo ainda Tunísia no grupo.
Nessa região, além do mercado doméstico, o alvo é a exportação para a Europa, especialmente do Leste. O movimento que o setor automotivo está observando é em direção aos países não-desenvolvidos ou em desenvolvimento na região mais central do continente.
A Toyota é a mais nova montadora que decidiu ter uma linha de montagem na região, mais propriamente na Costa do Marfim. A empresa anunciou o negócio com representantes do país no Japão, dizendo que a operação começará antes do final do ano, mas não especificou os modelos.
A japonesa não está sozinha nessa região da África. A Volkswagen reforçou o compromisso de produção na Nigéria, assim como no Quênia e em Gana. Ruanda é outro país onde a marca alemã estabeleceu uma linha de produção com 5.000 carros ao ano para atender apenas o mercado local.
O baixo volume é uma característica dessas operações, que geralmente possuem um sócio local, embora não no caso da Toyota. A Peugeot também tem planos de iniciar a montagem de carros também no Quênia. Na Nigéria, além de VW, Honda e Nissan também vão entrar, assim como em Gana.
Para ampliar sua ação na região, a Toyota Tsusho – divisão de comercialização de automóveis – comprou uma distribuidora francesa que atua em 35 países da África. No continente, o Egito possui uma indústria local voltada para o mercado interno, enquanto a África do Sul tem um nível muito mais elevado no setor automotivo, sendo um produtor de nível global. (Notícias Automotivas/Auto News/Ricardo de Oliveira)