Brasil é o pior país para carros autônomos

Jornal do Carro/Reuters

 

O Brasil é bom, ou o melhor, em muitas coisas, mas não na preparação para receber carros autônomos. É o que diz o relatório da consultoria KPMG. A empresa divulgou uma pesquisa na qual o País é o último entre 25 no “Índice de Prontidão para o uso de veículos autônomos 2019”.

 

Se comparado à pesquisa que foi divulgada em 2018, o resultado do Brasil ainda piorou. O País ocupava a 17ª colocação no ranking do estudo anterior.

 

“O resultado do Brasil poderia ser melhor com mais programas de incentivo em veículos focados em eficiência, segurança e pesquisa”. É o que pontua Maurício Endo, sócio da área de Governo e Infraestrutura da KPMG para a América Latina.

 

O relatório afirma que, apesar disso, há alguns projetos de pesquisa e desenvolvimento em universidades. Além disso, com os incentivos adequados do governo, os fabricantes talvez possam colocar produtos com preços competitivos, para que o consumidor fique propenso a adquiri-los.

 

Metodologia

 

Para chegar a esse resultado, o índice da KPMG analisa regulações para veículos autônomos, programas-pilotos do governo para receber esse tipo de carro e agências para lidar com o assunto. Outros parâmetros de métrica são quanto os governos estão prontos para mudanças nos países, a efetividade dos processos legais e a eficiência de realizar alterações em leis e regras.

 

A metodologia leva em conta ainda parcerias da indústria, centro de tecnologia de carros autônomos das marcas, investimentos das montadoras e participação de carros elétricos nas vendas. Por fim, há a avaliação da infraestrutura, como internet e qualidade de estradas, e de questões mercadológicas, como aceitação dos consumidores. No acumulado, o Brasil teve as notas mais baixas ao lado de Índia, Rússia e México.

 

No topo da tabela aparecem Holanda e Cingapura, que mantiveram as primeiras colocações de 2018. A Noruega aparece na terceira posição. O país nórdico, inclusive, é um dos poucos mercados em que híbridos e elétricos vendem mais que carros a combustão. Em 2018, representaram 52% das vendas, segundo informações da agência Reuters. (Jornal do Carro/Reuters)