Bolsonaro reafirma intenção de anular a placa do Mercosul

Diário do Transporte

 

Em uma live no Facebook nesta quinta-feira, 14 de março de 2019, o presidente Jair Bolsonaro voltou a mostrar seu descontentamento com o sistema de placas do Mercosul.

 

Citando o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, Bolsonaro afirmou: “Vamos ver se a gente consegue anular a placa do Mercosul. É um constrangimento, uma despesa a mais”.

 

O novo modelo de placas começou a ser instalado no ano passado em diversos estados do país.

 

Desde então tem sido alvo de críticas seja pelo valor, no mínimo R$ 250, e por não constar a cidade de registro do carro.

 

Apesar da afirmação, nenhum prazo foi definido para o que seria o fim do novo tipo de emplacamento veicular.

 

O descontentamento do presidente foi manifestado incialmente em uma entrevista no dia 5 de novembro de 2018, logo após sua eleição. Bolsonaro afirmou que faria o que pudesse para frear a implementação das novas placas, o que, segundo ele, estaria “ausente de suas prioridades”.

 

No 16 de fevereiro deste ano, o Ministério da Infraestrutura havia sinalizado que a placa Mercosul permaneceria, possivelmente com alterações de segurança.

 

Questionado pelo portal UOL nesse dia, o ministério da Infraestrutura confirmou que segue normalmente trabalhando com a implantação das placas no padrão Mercosul:

 

“Estudos estão em curso quanto às características da placa e do sistema desenvolvido para a sua emissão (…). É importante destacar que, muito mais do que adequação ao padrão Mercosul, a equipe técnica está buscando identificar questões de segurança na identificação do veículo, por meio da placa, a fim de reduzir os riscos de clonagem de veículos”.

 

A placa padrão Mercosul já está presente em sete estados: Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, com quase 1 milhão de veículos no país já rodando com a nova identificação.

 

A obrigatoriedade da medida em todo o território nacional estava prevista para vigorar em dezembro do ano passado, e acabou adiada para o dia 30 de junho deste ano.

 

Como motivações para o adiamento da obrigatoriedade do início da medida foram citadas a necessidade de um maior prazo para integrar o banco de dados dos Detrans à base nacional do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), e a falta de matéria-prima para a confecção das novas placas. (Diário do Transporte/Alexandre Pelegi)