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O setor apresentou queda em novembro (2,4%) e dezembro (2%). No entanto, em comparação com o ano passado, o desempenho ficou acima de dois dígitos na grande parte dos meses.
O setor de veículos, motos, partes e peças teve um crescimento de 15,1% em 2018 no país, o maior em 11 anos. A alta foi puxada pela redução de impostos e os lançamentos de carros novos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor apresentou queda em novembro (2,4%) e dezembro (2%). No entanto, em comparação com o ano passado, o desempenho ficou acima de dois dígitos na grande parte dos meses. “É normal que uma queda no final do ano, principalmente após um crescimento grande como foi”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Segundo ela, “esse desempenho pode ser explicado pela melhora nas condições de financiamento, refletida na redução das taxas de juros e no aumento do volume de crédito para aquisição de veículos”.
Em suma, o estímulo a atividade veio por causa da redução de impostos, com o fim do Inova-Auto, regime que operou no país até 2017 e determinava alíquota de 30% sobre veículos importados. “É um setor que reflete não só o consumo das famílias, mas também a demanda das empesas”, conta ela.
Dados do Banco Central mostram como a procura é intensa. O saldo de crédito a pessoas físicas com recursos livres aumentou 1,2% em dezembro de 2018, com destaque para o financiamento de veículos. A instituição também citou a importância do setor no crédito livre para pessoas jurídicas em todo o ano de 2018.
No lugar do Inova-Auto entrou o Rota 2030, sancionado no final de 2018, estabelecendo novas regras para o setor. Um exemplo são incentivos fiscais para pesquisas em desenvolvimento tecnológico no Brasil.
Somado a isso, ela coloca o lançamento de muito carros novos no ano passado. “É uma estratégia que movimenta muitas venda no setor”, explica.
Um crescimento desse tamanho não acontece desde 2007, quando o setor teve um desempenho 22,6% maior do que no ano anterior. “Esse crescimento era esperado na medida que teve resultados positivos ao longo do varejo por todo o ano”, completa. (Portal Veja/André Romani)