O Estado de S. Paulo/Reuters
A General Motors confirmou ontem que vai demitir nas próximas duas semanas 4 mil executivos na América do Norte, completando assim seu plano de reestruturação anunciado em novembro do ano passado. Com o corte, a montadora americana reduzirá 15% da sua força de trabalho de 54 mil funcionários.
Segundo duas pessoas com conhecimento do assunto, a GM vai cortar centenas de trabalhadores dos seus centros de informação tecnológica em Texas, Georgia, Arizona e Michigan e mais de mil vagas serão fechadas em Warren e Michigan.
“Essas medidas são necessárias para assegurar o futuro da companhia, incluindo preservar milhares de trabalhadores nos Estados Unidos e globalmente. Estamos fazendo isso agora enquanto a economia e o mercado de trabalho estão fortes, aumentando as chances de os empregados continuarem suas carreiras”, disse Pat Morrissey, porta-voz da GM.
Em novembro, a maior montadora americana anunciou que cortaria 15 mil empregos e encerraria a produção em cinco unidades no país.
No Brasil, a ideia é investir. Com condições
A montadora General Motors confirmou no sábado, 02, que tem planos de investir R$ 10 bilhões no País entre 2020 e 2024, caso a companhia obtenha sucesso nas negociações atualmente em curso com governos e funcionários para coleta de recursos tributários e reduções de custos no País. A cifra de R$ 10 bilhões já havia sido adiantada pelo Estado.
De acordo com comunicado da companhia, os R$ 10 bilhões a serem investidos em cinco anos se somariam aos R$ 13 bilhões que a montadora americana já investiu no País entre 2014 e 2019. Portanto, disse a empresa, o investimento entre 2014 e 2024 seria de R$ 23 bilhões.
A confirmação da intenção de investir R$ 10 bilhões vem em um momento em que a GM considera sair do mercado brasileiro caso não volte a dar lucro por aqui. A concretização dessa cifra depende de uma “virada” das operações no Brasil. (O Estado de S. Paulo/Reuters)