Após parceria com Volks, Ford volta ao mundo dos lucros em queda

Portal Exame

 

A Ford Motors, segunda maior montadora automotiva dos Estados Unidos, atrás, apenas, da General Motors, irá divulgar nesta quarta-feira, 23, os resultados do quarto trimestre de 2018.

 

Embora a recente aliança com a Volkswagen tenha animado o mercado, a montadora já anunciou que prevê um lucro líquido menor do que o do último semestre do ano passado. Para o acumulado de 2019, entretanto, a expectativa é que haja crescimento no lucro e na receita.

 

As confirmações foram feitas por executivos da Ford na semana passada, em Detroit, mas a companhia não forneceu qualquer número, decepcionando investidores.

 

No último trimestre, o terceiro de 2018, a montadora norte-americana registou um lucro líquido de 991 milhões de dólares, montante 87% menor em relação a igual intervalo em 2017. Segundo a montadora, a queda do lucro veio relacionada aos desafios do mercado chinês, além de custos mais altos e um menor volume de vendas.

 

Na mesma base de comparação – 3° trimestre de 2018 e 3° trimestre de 2017 – o faturamento da montadora foi maior, passando de 36,4 bilhões para 37,6 bilhões de dólares. Só na América do Norte, o faturamento foi de 22,3 bilhões, seguido da Europa, 7,4 bilhões, e da América do sul, com 1,3 bilhão de dólares.

 

A previsão é que o lucro líquido do quarto trimestre de 2018 seja menor em relação ao do mesmo semestre em 2017. Nele, a número dois dos Estados Unidos faturou 2,4 bilhões de dólares e ficou com 0,60 dólares por valor de cada ação.

 

Além do balanço do quarto semestre, os números que serão divulgados hoje também poderão servir como indicador para o futuro dos negócios da Ford, que poderá ser afetada a curto prazo, entre outras coisas, pelas tensões comerciais que vem sendo travada entre a China e os Estados Unidos. A parceria anunciada com a Volks prevê a montagem conjunta de veículos com foco em modelos híbridos e elétricos.

 

A montadora precisa de perspectivas positivas. Nos últimos 12 meses a empresa perdeu quase 30% de seu valor de mercado. (Portal Exame)