Volkswagen Voyage é o carro que mais depende das vendas diretas

AutoIndústria

 

As vendas diretas de veículos dispararam no Brasil nos últimos cinco anos. Se em 2013, ano do recorde de quase 3,6 milhões de automóveis e comerciais leves negociados, elas responderam por 25% dos licenciamentos, no acumulado de janeiro a novembro de 2018 têm 43% de participação.

 

Alguns automóveis, contudo, devem seus desempenhos de mercado ainda mais a essa modalidade de venda. É o caso do Volkswagen Voyage, sedã que ocupa a 21ª posição no ranking de carros mais vendidos do País. Ele, de longe, proporcionalmente, é o produto que mais foi negociado diretamente.

 

Das 30 mil unidades emplacadas de janeiro a novembro, nada menos do que 24,5 mil se enquadram nessa fórmula. A relação é de quase 82%. Ou seja: de cada dez unidades do Voyage vendidas, oito se destinaram a frotistas, locadoras, pequenas empresas ou a clientes PCD.

 

Chamam a atenção também os Jeep Renegade e Compass, utilitários esportivos que respondem por mais de 99% das vendas da marca no Brasil. Líder do segmento, o Compass teve 31,7 mil das 55,5 mil unidades negociadas diretamente, 57%, enquanto no Renegade a participação chegou 69% – 28,1 mil do total de 40,8 mil unidades -, a segunda maior, atrás somente do Voyage.

 

Ainda proporcionalmente, o terceiro modelo mais dependente das vendas diretas é outro Volkswagen: o veterano Gol, que deve 46,7 mil unidades – o segundo maior volume ou 66,5% do total – às vendas diretas.

 

Diferente do Voyage, porém, o hatch tem posição destacada também no ranking de vendas totais, somados os números de varejo, onde ocupa o quarto posto, atrás somente do Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Ford Ka.

 

O modelo da Chevrolet encerrará 2018, pela quarta vez consecutiva, como o automóvel mais vendido do Brasil. Somou 190,8 mil até novembro, impressionantes 94 mil a mais do que o segundo colocado HB20.

 

Em um primeiro momento, tamanha diferença poderia sugerir que a General Motors, dona da marca, estaria “empurrando” o Onix por meio das vendas diretas. Mas, pelos números de emplacamentos, nem desse artifício a empresa precisou lançar mão. As negociações diretas envolveram 79,5 mil unidades do hatch, 42% do total. É apenas o décimo maior índice entre os dez veículos mais vendidos pela modalidade. (AutoIndústria/George Guimarães)