Em um mês, Citroën já negociou oitocentos C4 Cactus

AutoIndústria

 

O C4 Cactus nem chegou ao mercado e a Citroën já comemora a movimentação em torno do modelo apresentado no fim do mês passado. Ana Theresa Borsari, diretor geral da Citroën Peugeot e DS no Brasil, assegura que desde 2002, quando a marca fazia sucesso com o então recém-lançado monovolume Xsara Picasso, o fluxo de consultas e visitas às concessionárias nunca foi tão grande.

 

Lançado oficialmente na última semana de agosto, o utilitário esportivo, que se aproxima até mais de um crossover, estará disponível para venda somente a partir do mês vem.  Desde sua apresentação, porém, a Citroën já contabiliza 800 unidades reservadas em pré-venda.

 

É sobre o novo modelo que Ana Theresa e equipe depositam as maiores esperanças de alavancar novamente as vendas no Brasil, principalmente em 2019. A marca hoje detém apenas 0,8% de participação no mercado interno, com pouco mais de 12,7 mil automóveis e comerciais leves emplacados de janeiro a agosto.

 

A executiva projeta duplicar, em 2019, as vendas sobre os aguardados 24 mil a 25 mil veículos deste ano. “O Cactus deve representar uns 50% do total”, estima Ana Theresa, que admite que neste último trimestre não terá mais do que 1,2 mil unidades mensais para colocar na revê de cerca de cem revendas.

 

A momentânea limitação da capacidade produtiva do SUV na fábrica de Porto Real (RJ) é um risco ainda ponderado nos cálculos da executiva.  Ela já tem acertada a fabricação de pouco mais de 21 mil unidades para consumo no mercado interno no ano que vem, de um total de 30 mil que a planta poderá fabricar, mas também para exportação.

 

Mais que isso, somente com algumas intervenções na planta ou a abertura do terceiro turno de trabalho, algo ainda descartado pela empresa. “Temos algumas medidas que podem ser tomadas antes disso”, afirma a presidente da Citroën.

 

Um dos problemas para aumentar a produção do Cactus são as cores diferenciadas do teto do restante carrocerias. A chamada pintura biton demanda processo pouco mais lento e, assim, represa o fluxo fabril.  Segundo Borsari,as primeiras sondagens indicam que  35% do mix de venda deverão ser de versões biton.

 

Um segundo empurrão para as vendas no ano que vem é esperado do segmento de veículos comerciais. A Citroën lançou no fim do ano passado e apenas este ano começou a ofertar maior volume, as versões de carga do utilitário Jumpy, produzido no Uruguai, e mais recentemente do argentino Berlingo.

 

E antes do fim do ano, antecipa Ana Theresa, será apresentado ainda o novo Jumper, furgão que foi fabricado no Brasil até 2016 e que voltará como importado da Europa. No acumulado de janeiro a agosto, a Citroën vendeu apenas 935 comerciais leves no Brasil. (AutoIndústria/George Guimarães)