Superávit comercial de agosto é o mais baixo desde 2015

ANBA Agência de Notícias Brasil-Árabe

 

A balança comercial de agosto apresentou superávit de US$ 3,775 bilhões, valor 32,5% menor que o alcançado no mesmo mês de 2017. Esse é o saldo mais baixo para o mês desde 2015, quando o valor registrado foi de US$ 2,685 bilhões. Em agosto, foram exportados US$ US$ 22,552 bilhões, 15,8% a mais do que em agosto de 2017, pela média diária. Houve, no entanto, um recuo de 5,7% em relação a julho de 2018. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (03) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

 

As importações somaram US$ 18,777 bilhões em agosto, crescimento de 35,3% sobre o mesmo mês do ano passado, pela média diária, e queda de 3,7% sobre julho de 2018. A corrente de comércio em agosto chegou a US$ 41,33 bilhões, alta de 23,9% sobre agosto de 2017.

 

Agosto registrou aumento de 35,1% nas exportações de produtos manufaturados sobre o mesmo mês do ano passado, com US$ 9,812 bilhões, e de 16,4% nos produtos básicos, chegando a US$ 10,448 bilhões. Caíram em 24,2% as vendas de semimanufaturados, para US$ 2,117 bilhões.

 

Entre os manufaturados, houve aumento nas vendas de plataformas para extração de petróleo, motores e turbinas para aeronaves, aquecedor/secador e partes; centrifugadores, partes de motores e turbinas para aviação, óleos combustíveis, tubos flexíveis de ferro e aço, motores para veículos automóveis e partes, e autopeças.

 

No grupo dos básicos, houve aumento nas vendas de farelo de soja, soja em grão, minério de cobre, petróleo bruto, minério de ferro e carne bovina.

 

Entre os semimanufaturados, houve decréscimo nos embarques de semimanufaturados de ferro/aço, açúcar bruto, couros, ferro ligas e ouro em forma semimanufaturada. Por outro lado, cresceram as vendas de catodos de cobre, óleo de soja bruto, ferro fundido, celulose e madeira serrada.

 

Principais compradores

 

Os cinco principais compradores de produtos brasileiros em agosto foram a China, com US$ 5,874 bilhões, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 2,934 bilhões, Argentina com US$ 1,547 bilhão, Panamá, com US$ 1,337 bilhão, e Países Baixos, com US$ 956 milhões.

 

Por regiões, cresceram as vendas para a América Central e Caribe (259,3%), Oceania (75,7%), Ásia (19,0%), Estados Unidos (20,3%), União Europeia (16,6%) e Mercosul (3,5%). Diminuíram as vendas para a África (-31,2%) e para o Oriente Médio (-2,3%), este último, principalmente por retração nas compras de açúcar, automóveis de passageiros, óxidos/hidróxidos de alumínio, chassis c/motor, bovinos vivos, óleo de soja bruto, café em grão, ouro em forma semimanufaturada, carne de frango e motores e geradores.

 

Importação

 

No mês, houve crescimento de 158,2% nas importações de bens de capital, de 55,4% em combustíveis e lubrificantes, 16,2% de bens intermediários e 13,7% de bens de consumo.

 

Entre os bens de capital, aumentaram as compras de plataformas para extração de petróleo, veículos de carga, máquinas e aparelhos mecânicos, helicópteros, unidades de processamento digital, estruturas flutuantes, equipamentos terminais ou repetidores, e chassis com motor.

 

No grupo dos combustíveis e lubrificantes, houve aumento das compras de petróleo bruto, gás natural, propanos e butanos liquefeitos, e óleos lubrificantes. Já no segmento de bens intermediários cresceram as aquisições de naftas para petroquímica, tubos flexíveis de ferro/aço, sulfetos de minérios de zinco, inseticidas, células solares, alumínio não ligado, cloreto de potássio e semimanufaturados de ferro/aço.

 

Entre os bens de consumo, os principais aumentos foram nas importações de automóveis de passageiros, produtos imunológicos, fungicidas, frações de sangue, medicamentos, consoles de vídeo game e calçados esportivos.

 

Principais fornecedores

 

Os cinco principais fornecedores do Brasil foram a China (US$ 5,087 bilhões), os Estados Unidos (US$ 2,634 bilhões), a Argentina (US$ 1,178 bilhão), a Alemanha (US$ 981 milhões) e o México (US$ 474 milhões).

 

Por mercados fornecedores, na comparação com agosto do ano passado, aumentaram as compras originárias do Oriente Médio (139%), por conta de petróleo bruto, adubos e fertilizantes, inseticidas, semimanufaturados de ferro/aço, cloreto de potássio, polímeros plásticos, enxofre, alumínio bruto e óleos lubrificantes. Houve aumento também nas importações da África (117,6%), América Central e Caribe (108,4%), Ásia (54%), Mercosul (32,8%), Oceania (53,4%) e Estados Unidos (21,6%). Diminuíram as compras originárias da União Europeia (-1,6%).

 

Acumulados

 

No acumulado de janeiro a agosto, foram exportados o equivalente a US$ 159,012 bilhões, crescimento de 8,3% sobre igual período de 2017, pela média diária. As importações totalizaram US$ 121,201 bilhões, alta de 23,1% no mesmo comparativo. O saldo comercial de janeiro a agosto apresentou superávit de US$ 37,811 bilhões, valor 21,4% inferior ao alcançado no mesmo período de 2017.

 

O acumulado dos últimos doze meses, de setembro de 2017 a agosto de 2018, registrou US$ 230,822 bilhões em exportações, crescimento de 11,6% sobre igual período anterior. As importações totalizaram US$ 174,109 bilhões, valor 21,2% superior ao mesmo período anterior. O saldo comercial do período acumulou superávit de US$ 56,713 bilhões, retração de 10,5% sobre o equivalente período anterior. (ANBA Agência de Notícias Brasil-Árabe)