AutoIndústria
Apesar de ainda apresentar crescimento, o mercado de reposição de autopeças reduziu o ritmo de expansão este ano. De acordo com pesquisa do Sindipeças, a alta do faturamento nominal do setor nos cinco primeiros meses do ano foi de 3,7% em relação à igual período de 2017, o pior resultado desde 2015.
No segmento de veículos leves, o incremento foi de 5,1% no acumulado até maio e no de pesados de apenas 1,2%. No comparativo de maio deste ano com o mesmo mês de 2017, a receita das empresas que atendem o segmento de leves aumentou 0,5% e a das representantes dos pesados somente 0,3%.
“As dúvidas quanto à manutenção do emprego, o receio de contrair novo endividamento e o elevado comprometimento da renda das famílias com pagamento de dívidas são fatores que têm levado os consumidores a postergar revisões e reparos em seus veículos”, avalia o Sindipeças em seu relatório sobre o resultado da pesquisa, que abrange 39 empresas que atuam diretamente no aftermarket.
Esse mercado, segundo a entidade, também foi afetado pela greve dos caminhoneiros em maio, cujos reflexos deverão ser sentidos ainda nos próximos meses. Outros fatores que contribuem para a desaceleração nos negócios na reposição são a baixa expansão do mercado de veículos usados e a frágil e gradual recuperação da economia.
A entidade cita números da Fenabrave, que mostra progressiva desaceleração das transações com veículos usados ao longo da primeira metade do ano. No acumulado de cinco meses, o mercado de carros usados cresceu 2,9% e o de pesados, 1,8%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)