Após Harley-Davidson, GM afirma que operações nos EUA podem encolher com tarifas

O Estado de S. Paulo

 

A General Motors emitiu um comunicado na última sexta-feira, 29, no qual afirma que, caso o governo de Donald Trump siga adiante com tarifas sobre veículos e autopeças importados pelos Estados Unidos, as operações da companhia em solo americano poderiam encolher.

 

O anúncio é feito dias após a Harley-Davidson, fabricante de motocicletas norte-americana, anunciar que deve realocar parte de sua produção para fora dos Estados Unidos, para evitar tarifas retaliatórias da União Europeia. O mercado europeu é um dos principais destinos da produção da Harley e, segundo estimativas da companhia, as tarifas encareceriam em US$ 2.200, em média, cada motocicleta.

 

GM afirmou que operações da companhia em solo americano poderiam encolher caso Trump siga adiante com tarifas sobre veículos e autopeças importados pelos Estados Unidos Foto: Stan Honda/AFP

 

“Se as tarifas de importação sobre automóveis não forem adaptadas especificamente para promover os objetivos econômicos e de segurança nacional dos EUA, o aumento das tarifas de importação poderia levar a uma GM menor, uma presença reduzida no país e no exterior e menos empregos nos EUA”, disse a companhia.

 

Ainda no comunicado, a GM afirmou que apoia a modernização da política comercial americana, mas que deseja continuar competitiva globalmente e manter a liderança no desenvolvimento de novas tecnologias. “Sugerimos que o governo priorize o trabalho com nossos parceiros comerciais adjacentes para fortalecer a fabricação americana e avançar na implementação dos acordos modernizados do Nafta e do Korus”, afirmou. Para a GM, a aplicação “exagerada e íngreme” de tarifas de importação sobre os parceiros comerciais dos EUA “pode isolar empresas americanas do mercado global”. (O Estado de S. Paulo/Victor Rezende)