Sul Fluminense pode receber mais duas montadoras

Diário do Vale

 

O secretário estadual da Casa Civil e do Desenvolvimento Econômico, Christino Áureo, e o presidente regional da Firjan no Sul Fluminense, Edvaldo de Carvalho, o Fafal, confirmaram que duas montadoras estão negociando sua vinda para o Estado do Rio. Fafal foi mais adiante e confirmou que as empresas estudam se instalarem no Sul Fluminense. A informação foi dada durante uma palestra de Áureo, voltada para o público empresarial, no fim da tarde desta segunda (02), no Hotel Bela Vista, em Volta Redonda.

 

Nem Christino nem Fafal romperam o silêncio que normalmente cerca as fases iniciais desse tipo de negociação para revelar os nomes das empresas, os municípios onde elas estariam estudando se instalarem ou o prazo previsto para a instalação das indústrias.

 

O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable (MDB), consultado sobre a possibilidade de pelo menos uma das empresas se instalar na cidade, afirmou que a prefeitura e o município estão de portas abertas para o investimento e se propôs fazer todo o possível para contar com uma das montadoras. A cidade conta com áreas às margens da Rodovia Presidente Dutra que já foram mencionadas como possível local para a instalação de empresas do ramo automobilístico, antes da crise econômica de 2015 frear os investimentos do setor.

 

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva (Podemos), afirmou que a chegada de uma grande empresa ao Sul Fluminense é boa para toda a região, independente de onde ela se instale, mas também afirmou que seria excelente para a cidade contar com mais uma indústria de porte. Desde a inauguração da Rodovia do Contorno, Volta Redonda passou a contar com facilidades logísticas para o acesso a grandes áreas atualmente desocupadas.

 

Incentivos fiscais

 

O secretário abordou os desafios para a retomada do desenvolvimento econômico do Estado do Rio durante sua fala para os empresários. Ele deu atenção especial à questão dos incentivos aos empreendedores.

 

“O fiscal não pode ser a única face do governo que o empresário conhece. O Estado do Rio tem que mostrar antes sua face apoiadora” disse.

 

Áureo também lembrou que incentivo fiscal não é privilégio. Segundo ele, o empresário recebe uma desoneração que deve retornar na forma de empregos e mesmo de impostos arrecadados.

 

“Os cálculos do volume de incentivos fiscais no Estado do Rio nos últimos nove anos foram refeitos, para excluir coisas como o transporte de equipamentos ou de vasilhames de bebidas, de gás e similares, que não geram arrecadação e eram lançados como incentivos. Com isso, chegamos a uma conta de R$ 45 bilhões no período, ou seja, R$ 5 bilhões por ano, que foram parcialmente compensados por R$ 2,5 bilhões anuais recolhidos em impostos que não existiram sem os incentivos” disse o secretário.

 

Áureo comparou o custo suportado pelo Estado do Rio anualmente com esse incentivos á quantidade de empregos diretos gerados: “Esses R$ 2,5 bilhões garantem cerca de 240 mil empregos diretos para os fluminenses, mais ou menos a mesma quantidade de postos de trabalho diretos existentes no governo estadual e que, sem os gastos previdenciários, custam mais de R$ 20 bilhões anuais à população”, avaliou.

 

Presentes

 

Os prefeitos de Piraí, Dr. Luiz Antônio, acompanhado de seu vice, Chiquinho Perota, e de Rio Claro, José Osmar, participaram da palestra, assim como o vice-prefeito de Volta Redonda, Maycon Abrantes, participaram da palestra. (Diário do Vale)