São Paulo lidera o crescimento da indústria

O Estado de S. Paulo

 

Respondendo por cerca de 30% da produção industrial do País, o Estado de São Paulo liderou o crescimento do setor secundário da economia tanto em dezembro de 2017 como em todo o ano passado, sobressaindo-se em relação a outros Estados industrializados, como o Rio de Janeiro e Minas Gerais. É o que mostra a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que a recuperação foi generalizada.

 

Entre novembro e dezembro de 2017, o crescimento da indústria paulista foi de 3%, abaixo apenas de Rio Grande do Sul (+6,8%), Amazonas (+6,2%) e Ceará (+4,9%). Na comparação entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, para um avanço médio da indústria brasileira de 4,3%, São Paulo registrou alta de 10,1%, inferior apenas à do Amazonas (10,9%). Entre os anos de 2016 e 2017, São Paulo cresceu 3,4%, acima da média nacional de 2,5%, mas abaixo de cinco Estados (Pará, Santa Catarina, Mato Grosso, Amazonas e Goiás).

 

O crescimento da indústria de São Paulo teve grande influência da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, além de itens alimentícios e metalurgia.

 

Entre 2016 e 2017, a indústria cresceu em 12 dos 15 locais analisados. Os únicos perdedores foram Bahia (-1,7%), Pernambuco (-0,9%) e a Região Nordeste (-0,5%).

 

Segundo o IBGE, o maior dinamismo dos Estados que lideraram o crescimento industrial em 2017 veio da “fabricação de bens de capital (em especial, aqueles voltados para o setor de transportes, para construção e agrícola); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia e derivados da extração de soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da ‘linha marrom’); e de bens de consumo semi e não duráveis (calçados, produtos têxteis e vestuário)”.

 

Além da diversidade dos segmentos industriais em fase de recuperação, o IBGE conferiu um grande peso à produção de bens de capital. Este parece ser um sinal inequívoco de que as empresas voltam a investir, ainda que o parque industrial esteja operando com razoável capacidade ociosa.

 

Na medida da aceleração do ritmo da atividade, maiores investimentos são previsíveis, pois as pesquisas indicam que a retomada industrial não se limitará a 2018. (O Estado de S. Paulo)