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A confiança dos consumidores na segurança dos veículos autônomos cresceu no último ano, de acordo com o estudo “Global Automotive Consumer 2018”, da Deloitte. Em 2017, 67% dos participantes acreditavam que carros “que dirigem sozinhos” não eram seguros, o número caiu para 41% neste ano. O estudo foi feito em 17 países, incluindo o Brasil.
Segundo os especialistas da Deloitte, as informações sobre os progressos no desenvolvimento de veículos autônomos e a divulgação de experiências bem-sucedidas explicam a melhora no índice de confiança nos veículos autônomos. No Brasil, a desconfiança com a tecnologia caiu de 54% para 25% em um ano.
No entanto, o estudo lembra que os veículos que dispensam os motoristas ainda estão em fase experimental. A indústria está, portanto, diante de um longo ciclo de investimento de capital necessário para transferir a tecnologia dos veículos autônomos ao mercado convencional.
Para complicar esse cenário, as montadoras reconhecem a necessidade imediata de investir em áreas de desenvolvimento de conjuntos motores elétricos ou híbridos, materiais avançados mais leves, conectividade e serviços de mobilidade.
Embora o retorno para o investimento seja projetado para um futuro mais distante, é importante que as montadoras continuem a destinar recursos para o desenvolvimento e a incorporação da tecnologia de condução autônoma, destacam os especialistas. As empresas que não acreditarem na necessidade de se preparar para as mudanças de longo prazo que se desenham no mercado automobilístico estarão mais expostas a riscos, à medida que a aceitação do consumidor pela tecnologia autônoma tenda a avançar.
As fabricantes de veículos já estabelecidas no mercado são apontadas como as mais confiáveis para garantir a segurança das tecnologias autônomas para 45% dos respondentes. Outros 30% apostam em novas companhias dedicadas ao desenvolvimento de veículos autônomos ou outras organizações dedicadas a essa tarefa. O menor grupo, formado por 25% dos entrevistados, tem confiança nas empresas de tecnologia existentes para realizar essa tarefa com sucesso.
No Brasil, mais da metade (52%) confiam mais nas montadoras tradicionais, o que mostra a força que essas empresas têm no mercado nacional, mas também cobra responsabilidade delas em relação à liderança nessa revolução tecnológica. (TI Inside)