Fazer recall é segurança

MeiaHora

 

Em 2017, o número de recalls voltou a subir. Segundo dados do Procon, cerca de 1,8 milhão de carros foram “convocados” para reparos. O total dos chamados é aproximadamente 20% superior ao ano de 2016, quando 1,5 milhão de unidades foram chamadas pelas montadoras.

 

No momento, a Renault, Peugeot e Toyota estão com uma campanha para consertos de modelos com problemas de fabricação. Diante do aumento, vale a pena entender como funcionam os procedimentos do conserto e, principalmente, os direitos do cliente na transação. O primeiro deles é a garantia de gratuidade, pois os reparos não podem trazer nenhum custo ao consumidor.

 

Se o seu carro estiver na lista de chassis convocados, é necessário entrar em contato com o telefone fornecido no comunicado da montadora, que provavelmente indicará ao usuário o local onde o reparo ou ajuste será realizado. O recall é registrado na documentação do veículo e pode ser checado pelas autoridades.

 

No entanto, se o dono do carro não comparecer ao chamado em até um ano, é possível ir à concessionária a qualquer momento, pois o reparo é um direito garantido. No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor tem uma lei que define que o fabricante não pode colocar no mercado nenhum tipo de produto ou serviço que ponha em risco a saúde ou mesmo a segurança das pessoas. Os erros das montadoras na linha de produção estão enquadrados no dispositivo.

 

Um carro com problemas de fabricação, mesmo que sanados pela montadora, é menos valorizado que outro do mesmo modelo que nunca tenha passado por reparos. No momento da compra, o cliente pode pedir abatimento do valor caso o veículo que esteja à venda tenha passado por recall. (MeiaHora)