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O Brasil exportou 791 mil carros para 83 mercados diferentes em 2017, com um crescimento de cerca de 40% em relação a 2016, segundo as estatísticas do MDIC. O ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, deu destaque para os acordos comerciais coordenados pelo ministério.
“Basta verificar os principais países com os quais tivemos crescimento de vendas no ano passado: Argentina, com aumento de 43% frente a 2016; México, mais 70%; Chile, mais 98%; Uruguai, com acréscimo de 59%; e Colômbia, com incremento de 50%”, citou.
“A realidade nacional e mundial nos impõe grandes desafios. Sabemos da importância do setor automotivo. Responsável por cerca de um milhão e seiscentos mil postos de trabalho e por 22% do PIB industrial do Brasil, a indústria automotiva é um de nossos principais empregadores e possui grande capacidade de dinamizar a economia nacional”, expõe o ministro.
Assim, o ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, iniciou sua fala durante a cerimônia de ampliação da fábrica de motores da GM em Joinville.
Rumo as melhorias
A fábrica é considerada a unidade ambientalmente mais sustentável do mundo pela GM, que é líder de vendas de veículos no mercado brasileiro.
A cerimônia contou com um público de cerca de 200 empresários, autoridades e funcionários, além do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, do vice-presidente da GM para o Mercosul, Marcos Munhoz, e do prefeito de Joinville, Udo Döehler.
Em sua fala, Marcos Jorge destacou ainda o dado do IBGE divulgado na última quinta-feira (1º/2), mostrando que a indústria automotiva foi a que mais colaborou para o crescimento de 2,5% na produção industrial brasileira em 2017.
“Com os acordos automotivos assinados e as negociações técnicas permanentes para simplificar e facilitar nossas exportações, o Brasil conseguiu alcançar exportações recordes de carros”, conta.
Rota 2030
Marcos destacou a atuação do MDIC na formulação de políticas públicas para o setor produtivo e, em especial, para o automotivo.
“Atualmente, o governo federal debate sobre o futuro da indústria para a mobilidade e logística. O programa Rota 2030 foi elaborado a partir de uma visão de longo prazo, com regras claras, previsibilidade e segurança jurídica, de forma a assegurar investimentos privados em novos projetos, pesquisa, desenvolvimento e engenharia”, fala.
Marcos Jorge afirmou que a meta é induzir a indústria nacional a alcançar padrões internacionais de produção, inserindo o Brasil nas cadeias globais de valor. O vice-presidente da GM para o Mercosul, Marcos Munhoz, falou sobre a importância da aprovação do Rota 2030 e destacou os avanços obtidos com o Inovar-Auto.
“Estamos num momento de transição da política para o nosso setor”, lembrou Munhoz.
“É importante lembrar que a indústria brasileira, junto com o governo federal, num programa que terminou agora em 2017 (Inovar-Auto) proporcionou incentivos e investimentos para que fizéssemos mais pesquisa e mais engenharia no Brasil”, comenta.
Segundo Munhoz, foi o programa Inovar-Auto que motivou a montadora a cumprir metas de melhora de consumo de combustível “extremamente audaciosas”.
O vice-presidente da GM informou ainda que houve uma melhora de 18% na eficiência energética, com consequente redução média do consumo de combustível dos carros líderes de venda da empresa. Ao encerrar sua fala, Munhoz reiterou que “isso não se faz sem um foco governamental”.
Indústria 4.0
Marcos Jorge também falou sobre a política desenvolvida pelo MDIC para a chamada indústria 4.0, ou indústria do futuro. “Estamos aqui hoje para a ampliação de uma fábrica que vai receber as novas tecnologias da chamada manufatura inteligente. Os impactos sobre a produtividade, redução de custos, controle sobre o processo produtivo, customização da produção, utilização de robótica, entre outros, apontam para uma transformação profunda nas plantas fabris”.
Segundo o ministro, o MDIC, como formulador de política pública, pode contribuir para que o Brasil integre a chamada 4ª Revolução Industrial como agente ativo das mudanças tecnológicas em curso. “Não queremos ser coadjuvantes, mas atores importantes desse processo”, disse ele. (Portal Economia SC)