O Estado de S. Paulo
Perto de completar quatro meses no Brasil, a Kelley Blue Book (KBB), empresa que faz cotações e divulga gratuitamente preços de carros novos e usados, contabiliza 1,5 milhão de visitantes ao mês em seu site. Nos Estados Unidos, onde o grupo foi criado há 92 anos, são 22 milhões de acessos mensalmente. “De cada três compradores de veículos no mercado norte-americano, dois acessam o site”, informa Carlos Domingues, diretor geral da filial brasileira, a segunda no mundo. A primeira foi instalada em Portugal. A empresa pertence ao grupo Cox Automotive que, em 2014, adquiriu a empresa brasileira de leilões Manheim e, em 2016, a Molicar, que fornece serviços semelhantes aos da Kelley, mas para empresas. Nas próximas semanas, a Kelley assinará contratos de publicidade com duas montadoras cujos nomes ainda são mantidos em sigilo.
Por que a KBB decidiu se instalar no Brasil?
O Brasil é um dos principais mercados de veículos no mundo. De acordo com dados do Google, em média 30 milhões de pessoas pesquisam conteúdo automotivo todos os meses no País. Nosso objetivo é oferecer um serviço confiável para que o consumidor tenha acesso ao valor justo de um carro na hora da compra ou da venda.
Como é feito o serviço?
Começamos com mais de um milhão de dados processados, com informações de preços de venda e compra de carros nas concessionárias e de pessoa física para pessoa física. Nossas fontes são lojas, bancos, leiloeiros e classificados. Separamos por modelos, estado, cor, equipamentos e opcionais. Por meio de um modelo estatístico, processado em nossa matriz, chegamos aos preços reais. O consumidor não terá mais tensão ao ter de fechar um negócio.
Há estudos para oferecer outros serviços no País?
Vamos introduzir ainda este ano um simulador financeiro, que vai mostrar quanto o consumidor pagará de prestação e, mais para a frente, teremos um simulador de preços de apólices de seguro.
Quantos carros são avaliados?
Temos um catálogo atualizado mensalmente com 15 mil veículos. O consumidor pode consultar o preço e fazer comparativos com até três modelos de uma vez.
Quanto o grupo investiu no Brasil até agora?
Não divulgamos esse dado, mas foram valores significativos. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva/Carlos Domingues – diretor geral da Kelley Blue Book)