Quatro Rodas
O visual do novo Volkswagen Jetta já não era segredo, mas os detalhes ainda desconhecidos foram revelados durante a apresentação do modelo um dia antes da abertura oficial do Salão de Detroit, nos Estados Unidos.
O sedã agora passa a usar a plataforma modular MQB do novo Polo e Golf. A dupla, aliás, cedeu também um novo painel digital e um motor 1.4 turbo atualizado para chegar aos 150 cv – em outros mercados fora do Brasil, o Jetta anterior não havia passado dos 140 cv.
Outra mudança foi a troca do câmbio automático. A caixa Aisin de seis marchas foi substituída por outra, da mesma empresa, mas com oito relações. O novo câmbio é similar ao usado pelo BMW X1 e Mini Cooper. A única opção manual continua a ter seis marchas, mas não deve ser oferecida por aqui.
A VW do Brasil não comenta sobre a vinda do novo Jetta ao país, mas é certo que o sedã chegará ainda este ano, logo após os novos Tiguan e Golf.
A nova plataforma permitiu ao Jetta crescer 3,3 cm, chegando a 2, 68 m de entre-eixos. A medida ainda é inferior aos líderes do segmento Honda Civic e Toyota Corolla, mas afastou a novidade do Virtus. A base estrutural mais moderna também abriu caminho para a adoção de uma nova arquitetura eletrônica.
Na prática, isso possibilitou ao Jetta receber os mesmos equipamentos presentes no Polo e Golf. Entre os itens disponíveis nos EUA há conexão com a internet, controlador de velocidade adaptativo com frenagem autônoma de emergência, alerta de veículo no ponto cego, assistente de manutenção de faixa e freios automáticos pós-colisão.
Torcida contra a torção
Uma novidade para os norte-americanos é que o Jetta volta a ter suspensão por eixo de torção na traseira. A arquitetura mais simples substituirá, ao menos na versão 1.4, o conjunto multibraço – mais moderno, mas também mais caro.
Pelo menos o modelo ganhou freio de estacionamento elétrico, ainda que isso não impeça a VW de fazer uma variação sem o sistema para o mercado nacional.
A dianteira do novo Jetta adota uma leitura mais conservadora das linhas presentes no Arteon. A enorme grade trapezoidal foge do padrão da marca, o que pode ser um ponto positivo para quem acha que os modelos da VW estão cada vez mais parecidos entre si.
As lanternas traseiras continuam bipartidas, mas ficaram mais afiladas na porção central.
O interior retilíneo oferece, nas versões mais caras, o novo sistema multimídia da Volkswagen, composto por duas grandes telas de LCD. A que fica no quadro de instrumentos, inclusive, pode mostrar o mapa do GPS integralmente, ao contrário da tela usada nos Audi.
A cabine ganhou materiais mais refinados e com maior qualidade aparente, aproximando o novo Jetta de seus rivais japoneses. (Quatro Rodas/Rodrigo Ribeiro)