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As vendas de máquinas agrícolas no Rio Grande do Sul se mantiveram durante 2017, na comparação com 2016. Até novembro do ano passado, foram comercializados 5.473 tratores de rodas e 816 colheitadeiras no estado, segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Mesmo assim, muitos produtores apostaram na manutenção preventiva do maquinário como forma de prolongar a vida útil das peças e evitar prejuízos maiores.
Cada maquinário possui determinado tempo de validade, variando conforme cuidados do produtor e ação do tempo. O professor Marcelo Silveira de Farias, que atua no Núcleo de Ensaios de Máquinas Agrícolas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), chama atenção para o fato de que nem sempre a máquina dá sinais de que algo está errado. Por isso, a importância de que haja uma rotina de manutenção.
“É o agricultor conhecer o ritmo da propriedade, como é que funciona, como está os picos, quais os períodos de ociosidade de máquinas e aproveitar esse período que as máquinas estão no galpão paradas e fazer a manutenção”.
Esse é o caso do agricultor Celso Perigolo, de Itaara, município no Centro do estado. Ele mostra com orgulho o trator trazido da Alemanha em 1957, e que trabalhou por 30 anos nas terras da família.
“Ele colheu, trilhou, e transportou muitos, muitos ônibus nessa faixa, ele que desatolava”, recorda o agricultor.
O trator fica na porteira da propriedade e serve como referência para quem está a procura do local. O tempo de vida do trator é prova do zelo que o produtor tem com os seus maquinários. Hoje, ele possui plantadeiras e tratores que só ficam expostos ao tempo quando estão trabalhando.
“A ação do tempo, nós temos um clima que é frio, calor, e isso degrada. Componentes eletrônicos expostos ao sol, tudo isso atrasa, deteriora”, alerta Perigolo.
Além da tecnologia de ponta e da reposição de peças, os produtores apostam na capacitação da mão de obra rural.
“É o que a gente chama de operador mantenedor, é um cara que não está só atrás do volante, ele é responsável por aquela máquina, ele vai fazer a operação. Então capacitar essa pessoa, dar condições de trabalho para ela”, explica o professor da UFSM. (G1/RBS TV/Gabriela Fogliarini)