Correio da Bahia
feito pelo estado agora em 2017. Com uma retração quase generalizada em outros estados brasileiros, a Bahia conseguiu se manter entre os três estados que mais investiram no ano, ressaltou. “Nós vamos terminar o ano entre os estados que mais investiram em nosso país. Particularmente, nos últimos dois anos, ficamos em segundo, só atrás de São Paulo”, destacou, lembrando que a Bahia é o 20º estado em arrecadação per capita.
Na área de saúde, o governador ressaltou o esforço para a regionalização do serviço no estado. Entre as principais obras, Rui citou a adaptação do Hospital da Criança, em Feira de Santana, que com um investimento adicional de R$ 6 milhões em infraestrutura passou a contar com mais 104 leitos. “Muitas vezes, o mais difícil não é construir a estrutura, é viabilizar o funcionamento”, ponderou. Nesse caso em particular, o funcionamento terá um custo adicional de R$ 2,4 milhões por ano, ponderou.
“Nós temos que buscar a melhor arquitetura não apenas para construir, mas para operar também. Muitas vezes, a maior parte do trabalho é juntar até 30 prefeitos e convencê-los da importância de trabalharem juntos”, disse.
Entre os investimentos em infraestrutura, o destaque de Rui foram os investimentos no metrô. Segundo o governador, na próxima quinta-feira, os vagões farão a primeira viagem teste até o Aeroporto Internacional de Salvador. Em fevereiro começa a operação comercial, avisou Rui.
O governador se queixou de atrasos nos repasses do governo federal para obras de infraestrutura tocadas pelo governo do estado. Segundo ele, há um atraso de R$ 150 milhões para obras do metrô e as avenidas Gal Costa e 29 de Março. “As obras não estão paradas porque nós estamos garantindo”, afirmou. Um dia após o anúncio da implantação da fábrica da JAC Motors em Goiás, o governador Rui Costa avisou que vai lançar mão de todas as estratégias possíveis para reaver os incentivos que foram concedidos à montadora de veículos. A JAC Motors tinha um protocolo para implantação de uma fábrica em Camaçari. Quando o projeto foi lançado, o investimento previsto era de R$ 1 bilhão.
“Nós já acionamos judicialmente e eu estou tomando todas as medidas legais para ter o ressarcimento da JAC Motors. Inclusive, estou fazendo uma comunicação ao governo chinês, de que o seu parceiro no Brasil (Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib) é pessoa inidônea”, destacou Rui.
Segundo o governador, foi enviado um ofício à Embaixada Chinesa, de que o Grupo SHC teria dívidas com o estado e com a Fazenda federal.
“Nós vamos buscar esses recursos com todas as ferramentas que nós temos, inclusive com esse ofício para o governo chinês, falando da parceria inidônea”, afirmou.
Rui Costa não soube precisar o montante da dívida e a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) informou que a informação corre em sigilo. Entretanto, quando deixou o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, James Correia disse, em maio de 2015, que a JAC Motors devia R$ 100 milhões ao estado. Esses benefícios teriam sido concedidos para a importação de veículos.
O governador contou que o problema com a montadora começou quando o Grupo SHC ofereceu como garantia para um empréstimo junto à Desenbahia o terreno que o governo estadual vendeu a preços subsidiados. “Se ele não construísse, eu iria receber aquele dinheiro como? Com um terreno que já era meu?”, lembra Rui. (Correio da Bahia)