O Estado de S. Paulo
Em setembro houve uma recuperação disseminada do faturamento real do varejo paulista, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo, da FecomercioSP. Divulgada às vésperas da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, com dados de outubro menos favoráveis, a mostra da FecomercioSP revelou otimismo.
A partir de números oficiais da Secretaria da Fazenda do Estado, o levantamento da FecomercioSP mostrou um avanço real das vendas de 6,4% entre setembro de 2016 e setembro de 2017. O porcentual cresceu em relação ao aumento de 4,4% registrado entre os primeiros nove meses de 2016 e de 2017 e de 3,7% na comparação em 12 meses.
Entre os meses de setembro de 2016 e de 2017, a alta foi liderada pelo segmento de farmácias e perfumarias, que cresceu 11,6%. Mas também foi muito forte em autopeças e acessórios (+9,1%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (+8,2%) e vestuário, tecidos e calçados (+8,2%).
Outro segmento com peso relevante, o de supermercados, avançou 5,7%. O faturamento real do varejo paulista em setembro foi de R$ 51,3 bilhões; um terço desse valor (R$ 17,6 bilhões) provém dos supermercados.
A recomposição das vendas varejistas do Estado foi possível graças aos avanços registrados no combate à inflação e na melhora do emprego e do crédito, segundo os analistas da FecomercioSP. Sem isso, não teria sido possível a recuperação do comércio de bens duráveis, que chegara a cair 30% reais no auge da recessão iniciada em 2014 e teve, agora, peso marcante na retomada.
A pesquisa engloba todos os municípios paulistas e mostrou maior dinamismo no comércio do interior do Estado, beneficiado pela elevação da produção e da renda agrícolas. Na capital, o faturamento real aumentou menos: 4,3% entre setembro de 2016 e setembro de 2017. A entidade do varejo projeta um crescimento das vendas ao redor de 5% entre 2016 e 2017.
Para 2018, o prognóstico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), abrangendo todo o País, é de que o consumo das famílias deverá aumentar 3,9%, sendo mais forte no terceiro trimestre, às vésperas do pleito presidencial. Tanto a população empregada como a renda real efetiva média deverão crescer, segundo o Ibre. (O Estado de S. Paulo)