De máquina nova

O Estado de S. Paulo

 

Ano após ano, a agricultura brasileira vem se modernizando, e os produtores, cada vez mais sofisticados, buscam tecnologias, maquinários e automóveis que facilitam o dia a dia na fazenda. Atentos a essa demanda, os bancos de montadoras de máquinas agrícolas e veículos oferecem pacotes de benefícios aos produtores rurais, independentemente do tamanho e do volume de produção.

 

Essas instituições financeiras atuam como mediadoras do Banco Nacional e Social (BNDES), que disponibiliza recursos para o agricultor ou pecuarista comprar novas máquinas por meio de linhas de crédito do Plano Safra. As principais são o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar (Pronaf), o Programa nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e o Moderfrota, modalidade para aquisição de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas. “Em média, aprovamos o crédito em dois dias, enquanto um banco comercial pode levar até 20 dias para aprovação”, diz Marcio Contreras, especialista em vendas e marketing do banco CNH Industrial, que esta investindo em ferramentas para reduzir ainda mais esse tempo.

 

A velocidade de aprovação dos bancos de montadoras está relacionada com o know-how neste tipo de operação. Os operadores estão presentes em cada ponto de venda de máquinas do grupo, são muito bem treinados e ajudam os produtores a reunir toda a documentação e certidões necessárias. Já na maioria dos bancos comerciais, essa modalidade de crédito é mais uma dentre tantas que o funcionário precisa oferecer.

 

As montadoras de automóveis também oferecem benefícios aos agricultores e pecuarista. Trata-se da comercialização direta ao produtor rural. Neste caso, o concessionário é um intermediário da operação de venda. O processo é simples, mas demanda paciência do produtor, pois o carro vendido vem do estoque da fábrica e não do concessionário. A reportagem esteve em concessionarias e observou que algumas oferecem carros de seu estoque, com o preço sem o desconto de fábrica, com a promessa de entrega rápida. É preciso ficar atento. Às vezes, esperar uns dias a mais pode ser vantajoso.

 

A compra direta ocorre da seguinte forma: o cliente se dirige a concessionaria de sua marca preferida e procura o vendedor responsável pela venda direta. Na loja, ele escolhe o modelo desejado. Cada marca tem um padrão de oferta. A Volkswagen, por exemplo, disponibiliza toda a linha de produtos, sendo que as pick-ups Saveiro e Amarok têm descontos que podem chegar a 20,5% nas versões mais simples. A Fiat dá descontos médios de 15% em todas as versões da Strada e da Toro. Já a Toyota oferece 5% de desconto sobre o preço base de mercado para as versões mais simples da Hilux, todas a diesel e equipadas com tração nas quatro rodas.

 

Após as definições do modelo, o cliente apresenta a documentação para comprovar que ele é produtor rural. Em geral, os documentos pedidos são Carteira Nacional de Habilitação (CNH), CPF, Identidade de Produtor Rural e documento da propriedade, como o Imposto Sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), comprovante de endereço e copia de nota fiscal de produção rural. Uma vez entregue a documentação, o pedido segue para a montadora, que leva até três dias para aprovar. Depois da aprovação, o cliente assina o pedido e recebe o boleto para pagar. Após o pagamento, se o carro estiver disponível na fabrica, em ate 15 dias o veículo é entregue. Se não estiver, uma lista de produção cujo prazo para entrega pode demorar entre 45 e 60 dias, depende do modelo. É importante lembrar que o automóvel deve ficar em nome do produtor por pelo menos seis meses, não podendo ser transferido para terceiros nesse período. (O Estado de S. Paulo)