Estradão
A Mercedes-Benz repaginou seu portfólio caminhões. O visitante que passou pelo estande da empresa na Fenatran deve ter notado muitas mudanças na gama, a começar pelo visual. Embora 85% dos caminhões produzidos sejam brancos, a montadora resolveu deixar de lado a ditadura do monocromático e passar a oferecer cores. Agora na paleta da marca o transportador pode optar pelo azul, cinza, amarelo e laranja, tanto em padrão quanto metálico. “Compra de caminhão sempre é ato muito racional”, afirma Marcos Andrade, gerente de marketing de produto caminhão da empresa. “As novas cores chegam para trazer um componente emocional aos produtos”.
Depois de mais coloridos, todas as categorias de modelos da marca receberam alguma melhoria. A linha de caminhões leves e médios Accelo conta com 15 novos recursos, dentre eles uma nova cabine estendida, que amplia o espaço interno em 180 mm, controle de tração, assistente de partida em rampas e adoção de câmbio automatizado de 6 marchas, como opcional, a partir de março do ano que vem.
A empresa acredita que a aceitação pela transmissão automatizada na categoria na qual o Accelo atua será crescente e, por isso, entrega um sistema avançado com funções Overdrive na última marcha, sensor de inclinação de pista para trocas mais eficientes e aviso de sobrecarga da embreagem no painel. “Embora o mercado deste segmento seja sensível a preço, a tecnologia começa a se difundir por que ela garante mais economia de combustível, segurança e maior vida útil de componentes”, acredita Andrade.
A gama Atego, de caminhões semipesados, depois de ganhar a opção do chamado pacote Robustez, no qual acrescenta itens de acessórios oferecidos às versões fora de estrada, agora incorpora bloqueio de diferencial transversal, protetor de carter, mola trapezoidal (opcional na configuração 4×2), climatizador, piloto automático inteligente – padronizado para buscar mais economia de combustível ao aproveitar a inércia – e também opção de câmbio automatizado de 8 marchas para o modelo 2426 6×2, enquanto os Atego 2430 6×2 e 3030 8×2 recebem a nova geração da transmissão Power Shift.
Para os Axor, a fabricante se esforça para entregar a melhor relação custo-benefício de sua categoria. De acordo com o gerente de marketing, ao longo de quatro anos o modelo foi contemplado com quase 60 intervenções. Desta vez, os engenheiros ampliaram o espaço interno da cabine ao rebaixar em 100 milímetros o túnel do motor. “Tinha 300 mm, agora tem 200 mm. É o mais baixo do segmento”, conta Andrade.
Depois, o caminhão ganhou componentes que prometem mais economia, como opção de eixo sem redução nos cubos e o piloto automático inteligentes, e de conveniência, representado pela cobertura nos degraus de acesso à cabine para acomodar o calçado do motorista e uma nova posição do macaco, que sai debaixo da cama para uma área externa. “São pequenas soluções que promovem mais organização, praticidade e menos sujeira”.
Após os diversos desenvolvimentos para tornar o Actros mais brasileiros e menos alemão, a linha 2018 do modelo chega com uma nova grande dianteira, pintada na cor do veículo, um painel com novas funções (presente também nas outras linhas de caminhões), como informações da pressão da turbina, do consumo em litros, da contagem do tempo em que funcionou em marcha lenta ou de velocidade excessiva ou ainda em cada faixa de rotação. (Estradão)