Fabricante de motores Cummins prevê elevar produção em 7% a 12% em 2018

Reuters

 

A fabricante norte-americana de motores Cummins, uma das maiores no setor de caminhões no Brasil, projeta elevar sua produção em 7% a 12% em 2018, após expectativa de 32 mil motores em 2017, afirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia no país, Luis Pasquotto.

 

Além de caminhões, a fabricante produz motores para ônibus, máquinas agrícolas, embarcações e veículos para mineração. Segundo o executivo, a Cummins é responsável pela maioria dos motores usados em caminhões da Ford no Brasil, vende motores para cerca de 50% dos caminhões e ônibus produzidos pelo grupo Volkswagen no país e também é fornecedora da fabricante de chassis de ônibus Agrale.

 

Apesar do crescimento projetado, acompanhando expectativas de expansão do setor brasileiro de veículos no próximo ano, a estimativa da Cummins é uma fração do pico alcançado pela empresa em 2011 no Brasil, quando a empresa produziu 111 mil motores e a indústria de caminhões não tinha os índices de ociosidade de mais de 70%.

 

Mais cedo, o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus para a América Latina, Roberto Cortes, afirmou que a companhia cancelou férias coletivas de sua fábrica em Resende (RJ) pela primeira vez em seis anos, motivada em parte por sinais de retomada da demanda.

 

“O cenário ainda é de incertezas, mas o consenso do mercado é que estamos em patamar um pouco melhor”, afirmou Pasquotto. “Mas ainda tem muitas variáveis e algumas negativas, como a própria definição da política”, acrescentou, referindo-se às eleições presidenciais do próximo ano.

 

Os comentários se deram no Congresso AutoData Perspectivas 2018. No evento, a indústria projetou crescimento de 10% a 20% na produção de caminhões em 2018, para entre 112,5 mil e 122 mil veículos, enquanto as vendas devem subir também 10% a 20%, para 70,4 mil a 76,8 mil unidades.

 

A associação de montadoras, Anfavea, estima para 2017 alta de 28,2% na produção de veículos pesados, categoria que inclui caminhões e ônibus, para 101,5 mil veículos. Já as vendas são estimadas em 64 mil unidades, crescimento de 3,6%. (Reuters/Alberto Alerigi Jr.)