O Estado de S. Paulo
Diante de resultados melhores do que o esperado dos nove primeiros meses do ano, a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de veículos, revisou suas projeções para o desempenho do mercado automotivo em 2017 em mais de cinco pontos porcentuais para cima.
A previsão de crescimento das vendas de carros de passeio e utilitários leves subiu de 4,3%, conforme estimativa anunciada em julho, para 9,9%, o que, se confirmado, significará um mercado de 2,18 milhões de unidades no ano. A entidade iniciou 2017 com uma estimativa mais modesta, prevendo crescimento de apenas 2,4%.
Se a previsão da Fenabrave para a alta nas vendas de carros de passeio e utilitários leves se confirmar, o setor fechará o ano com um total de 2,18 milhões de unidades comercializadas.
Já em relação às vendas de caminhões e ônibus, a previsão passou de uma queda de 10,2% para um leve crescimento de 0,13% em 2017. A expectativa é que as vendas nos segmentos de veículos pesados cheguem a 64 mil unidades.
Balanço
A melhora nas projeções da Fenabrave para o ano vem na esteira da divulgação oficial pela entidade do balanço de vendas do setor, que cresceram 24,55% em setembro na comparação com igual período de 2016. A informação foi antecipada na segunda-feira pelo Estadão/Broadcast. No total, 199,2 mil veículos foram comercializados no mês passado, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
A média diária de vendas foi de 9,96 mil unidades – 547 a mais do que a de agosto -, mas, como setembro teve um calendário mais curto, com três dias úteis a menos, seu resultado foi 7,99% inferior ao total vendido no mês anterior.
O desempenho levou para 1,62 milhão de unidades o volume vendido desde o início do ano, 7,36% a mais do que o número dos nove primeiros meses de 2016.
Só na categoria de carros de passeio e comerciais leves – como picapes e vans -, as vendas chegaram a 193,6 mil unidades em setembro, 24,91% acima do total apurado no mesmo mês do ano passado.
Na mesma base comparativa, as vendas de caminhões subiram 9,34%, chegando a 4,5 mil, e as de ônibus tiveram alta de 33,45%, para 1,1 mil unidades. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)