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Depois de muito tempo de espera, o Volkswagen T-Roc finalmente foi apresentado em sua versão de produção. Apelidado pela mídia como SUV do Golf, o crossover será fabricado em Portugal e na China para os mercados europeus e asiáticos, como um modelo compacto abaixo do Tiguan, na faixa dos 20 mil euros (cerca de R$ 74,6 mil). Começa a ser vendido na Europa em novembro, com o início da pré-venda marcado para setembro, momento em que estará no Salão de Frankfurt (Alemanha).
O Volkswagen T-Roc irá mudar a vida da marca alemã, que finalmente entra no segmento dos crossovers mais acessíveis. Mede 4,23 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,81 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. São 4 cm de entre-eixos e 2 cm de comprimento a menos do que o Golf. Como comparação, o Honda HR-V tem 4,29 m de comprimento e 2,61 m de entre-eixos. O porta-malas do novo VW é de 445 litros.
O T-Roc quebra um pouco o paradigma do design da VW. É menos parecido com os outros carros da marca (ainda bem!), mantendo o estilo de grade frontal visto no conceito de 2014, integrada aos faróis. Ambos têm um contorno único cromado. Trata-se do primeiro carro da empresa a usar luzes de LED posicionadas abaixo dos faróis e com formato retangular, contornando entradas de ar falsas.
De perfil, lembra muito o Audi Q2, mais parecido com um hatchback alto do que com um SUV. A traseira mudou em relação ao protótipo. As lanternas receberam desenho mais realista e estão mais longas. As luzes redondas foram descartadas, deixando outras grades falsas com a luz de posição. O para-choque também foi redesenhado. E traz o logo do T-Roc logo abaixo do emblema da VW. Seguirá algumas tendências do segmento. Poderá ser encomendado com pintura e acabamento bicolor.
A cabine é muito mais reconhecível, usando o mesmo estilo do Golf reestilizado (ainda inédito no Brasil). Assim como acontece com o hatch, oferecerá itens de tecnologia, como o display digital de 11,7 polegadas vindo do sedã Passat e a nova central multimídia de 8” com conexão Apple CarPlay e Android Auto.
Turbinado e bem equipado
Trabalhará somente com motores turbos. Começa com o 1.0 TSI de 115 cv e 20,4 kgfm de torque, sempre combinado ao câmbio manual de 6 marchas e tração dianteira. A versão usa o novo 1.5 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm, com a opção de transmissão manual, automatizada DSG de 7 marchas ou DSG com tração integral 4MOTION. Este 1.5 é o mesmo do Golf, com desativação de cilindros e outras tecnologias. O modelo topo de linha adota o 2.0 TSI de 190 cv e 32,6 kgfm, sempre com câmbio DSG e tração integral. Como não podia faltar para os europeus, terá opções a diesel, como o 1.6 TDI de 115 cv e 0 2.0 TDI de 150 cv ou 190 cv, repetindo as combinações de câmbio e tração.
A empresa não detalhou muito os equipamentos de cada versão. Sabemos que irá oferecer sistemas de segurança como frenagem de emergência, detecção de pedestres, assistente de permanência em faixa, leitor de placa de trânsito, sensor de ponto cego, assistente de estacionamento e mais. Recebe o controle de cruzeiro adaptativo já utilizado no Golf e modelos mais caros, capaz de aumentar e reduzir a velocidade de acordo com o trânsito.
O modelo mais básico virá com a central multimídia Composition Colour, de 6,5 polegadas. Cresce para 8 polegadas nos modelos intermediários, que recebe uma tela de vidro e pode tocar CDs. Para quem gosta de conectividade, a graça estará no sistema Discovery Media de 8 polegadas, este sim com conexão para smartphones e serviços online, como previsão do tempo e notícias.
Brasil fora do radar
A estratégia da Volkswagen não envolve o T-Roc no Brasil. Como adiantamos, o crossover do Golf é apenas 10 cm maior do que o futuro T-Cross, modelo que usa a base do novo Polo e que será produzido em São Bernardo do Campo (SP). A fabricante irá apostar em outro carro, uma versão do Skoda Karoq, este sim mais longo e que deve ser produzido na Argentina, com o nome de VW Tharu, como futuro rival do Jeep Compass. (Carplace)