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O alto índice de furtos de veículos fez crescer no Brasil a busca por formas alternativas de proteção. Até mesmo seguradoras instalam rastreadores em determinados modelos. Opções mais acessíveis oferecem serviços com a ajuda de localizadores e bloqueadores. Mas você sabe qual é a diferença entre eles? Qual é a opção mais viável?
O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) preparou algumas orientações para ajudar o consumidor a entender as diferenças entre esses sistemas de segurança e escolher o mais adequado à sua necessidade.
Começando pelo sistemas mais eficientes, os rastreadores são considerados equipamentos mais completos e estão entre os mais recomendados do mercado. Isso porque, além de utilizar uma tecnologia de rastreamento mais precisa, esse sistema também permite a instalação de itens adicionais de segurança, entre eles bloqueios automáticos, leitura de portas (aberta, fechada) e até velocidade do veículo. “O rastreador é um equipamento que utiliza a tecnologia de dados associado ao GPS para transmitir informações sobre o posicionamento e deslocamento do carro em tempo real”, explica Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi/Mapfre.
Em um posicionamento mediano, os localizadores, comumente oferecidos por algumas empresas em serviços alternativos a um seguro convencional, são equipamentos que utilizam a tecnologia de rádio frequência (RF) para transmitir a localização do veículo. Por ficarem restritos à quantidade de antenas fixas ou móveis distribuídas pelo país, a localização do veículo em caso de sinistro pode não ser tão eficiente, pois depende da cobertura de sinais da região.
Também utilizando sinais de rádio frequência, os bloqueadores são capazes apenas de cortar o fornecimento de combustível. Na ocorrência de roubo ou furto, o dono do carro entra em contato com uma central, que por sua vez, envia o comando de bloqueio por rádio frequência, desde que o veículo esteja dentro da área de cobertura.
Para quem optar pelos bloqueadores, o Cesvi alerta sobre o cuidado que se deve ter na hora da sua instalação, para impedir danos ao sistema elétrico do veículo. “O motorista pode solicitar o corte de combustível, porém essa ação aumenta o risco de que o sistema seja acionado com o carro em movimento, caso não haja um gerenciamento eficaz pela central de monitoramento”, explica o especialista. “Os bloqueadores podem funcionar de duas maneiras: evitando a partida do veículo ou por meio do corte de combustível.”
Vale lembrar que algumas montadoras já oferecem sua própria solução de rastreamento. A Chevrolet, por exemplo, equipa todos os seus modelos com o sistema OnStar, que além do serviço de localização, traz recursos adicionais como concierge, chamadas de emergência, abertura/fechamento e ignição do motor remotamente, além de informações sobre o estado do veículo. Também oferecem soluções semelhantes a Volvo e a BMW. (Carplace)