Chinesa Geely Automotive informa não ter interesse na compra da Fiat

O Estado de S. Paulo

 

A Geely Automotive, proprietária da Volvo, negou interesse na compra do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Especulações sobre essa negociação começaram a circular no início desta semana.

 

“Não temos nenhum plano do tipo no momento”, disse o diretor executivo da Geely Gui Shengyue. Ele explica que a aquisição de uma empresa estrangeira é complicada para eles, mas que para outras marcas chinesas é um caminho rápido para o desenvolvimento de novos veículos.

 

Sergio Marchionne, principal executivo do Grupo FCA, não esconde que deseja realizar uma fusão em território asiático, já que as opções de compradores nos Estados Unidos e na Europa parecem ter se esgotado.

 

No ano passado, a Zhejiang Geely Holding, controladora da Geely, manteve diversos contatos com a FCA. No entanto, segundo a imprensa internacional, o interesse demonstrado no passado pelo grupo ítalo-americano já não existe.

 

A Geely, porém, continua expandindo seus domínios em territórios internacionais. Há três meses, a empresa chinesa anunciou a compra de 49,9% da companhia malaia Proton.

 

Desde que a possível venda da Fiat a investidores chineses foi anunciada, o preço das ações da empresa ítalo-americana subiu 10%. A companhia tem valor estimado de US$ 20 bilhões.

 

Parceria

 

Enquanto o possível negócio com chineses não sai, a FCA vai firmar uma parceria tecnológica com a BMW.

 

A montadora alemã, a Intel e a Mobileye anunciaram nesta quarta-feira, 16, que a FCA será a primeiro fabricante a juntar-se às três empresas no desenvolvimento de uma plataforma global para a produção de veículos autônomos.

 

De acordo com a BMW, cada um contribuirá com suas melhores capacidades para diminuir o tempo de chegada desses modelos ao mercado. Por ora, a previsão é de que os autônomos estejam nas ruas a partir do início da próxima década.

 

A empresa alemã reagrupará engenheiros na Alemanha e em outras localidades, enquanto a FCA levará sua experiência adquirida no mercado norte-americano. A cooperação entre as companhias deverá dar origem, até o fim deste ano, a cerca de 40 protótipos autônomos, que serão usados em testes. (O Estado de S. Paulo/Anelisa Lopes)