10 dicas para economizar no seguro de carro

Portal Finanças Femininas

 

Na hora de escolher um seguro de carro é preciso colocar na balança os quesitos preço e qualidade. Com tantas opções disponíveis, entretanto, nem sempre é fácil tomar essa decisão. Para ajudá-la a economizar nessa escolha – mas sem deixar a tranquilidade de lado – conversamos com Berenice Damke, professora de Valuation do Ibmec SP, e Lauro Faria, economista do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros. Confira as dicas dos especialistas abaixo.

 

1) Escolha bem o modelo – Para quem deseja baratear o valor pago no seguro, o ideal é começar pela escolha do modelo. “O ideal, antes de comprar o carro, é fazer uma cotação do seguro”, orienta Berenice.

 

Como se sabe, existem modelos mais visados para furtos e roubos – geralmente aqueles que são mais fáceis de serem revendidos ou têm peças mais comuns. “Para esses, o custo do seguro será mais alto, já que aumenta o risco de sinistro para a seguradora”, explica Faria.

 

Para economizar, é possível consultar sites especializados que apontam o ranking dos mais visados – e, se possível, fugir deles. A Susep, por exemplo, publica o Índice de Veículos Roubados com estatísticas de roubos e furtos de veículos segurados. É possível filtrar as informações por região, faixa etária e gênero do motorista e modelo do carro.

 

Mas não para por aí, Berenice explica que, via de regra, modelos que já saíram de linha costumam ter um seguro mais caro e para veículos novos e recém-lançados, o valor tende a ser mais acessível.

 

2) Guarde seu carro na garagem – Veículos que não ficam na rua o dia todo, seja em casa ou no trabalho, tendem a ter um seguro mais barato. Por isso, pode valer a pena investir em uma garagem. A professora do Ibmec enfatiza ainda que, não só esse, mas toda atitude que vise preservar o bem é um ponto favorável na precificação.

 

3) Invista em uma boa conduta no trânsito – Quanto pior o histórico da motorista, mais caro será o seguro. Por isso, é importante cuidar do seu comportamento. Registro de muitos sinistros, inadimplência, habilitação suspensa e processo por embriaguez ao volante são alguns fatores que fazem o valor cobrado subir – e podem inclusive levar à rejeição da segurada. “Importante saber que as empresas têm acesso a muitas dessas informações, seja por serem públicas ou compartilhadas via órgãos de representação da classe”, explica Faria.

 

Não só os maus comportamentos são penalizados, como os bons são valorizados. Berenice explica que as seguradoras costumam, por exemplo, dar descontos para quem não usa o seguro – que começam em 5% e podem chegar a 50% do valor inicial. Além disso, algumas bonificam quem tem boas práticas de condução, como nenhum ponto na CNH ou ausência de acidentes de trânsito no histórico. “Vale a pena verificar se a seguradora leva isso em consideração antes de contratar o serviço”, afirma.

 

4) Não coloque motoristas adicionais no seguro sem necessidade – Se só você usa o seu carro, não tem por que colocar todos os membros da família na cobertura do seguro. Condutores adicionais podem aumentam o valor a ser pago, principalmente se forem jovens na faixa entre 18 e 25 anos. Agora, se os seus filhos realmente forem usar o automóvel, não tem jeito, você precisará incluir esse valor extra na despesa.

 

5) Escolha um bom corretor – Um corretor de confiança também é muito importante para encontrar o seguro que melhor atenda às suas necessidades – e ao menor custo possível. Ele deve apresentar opções de diversas seguradoras e explicar os riscos, com clareza e transparência.

 

6) Não peque por falta ou por exagero – A regra faz sentido: quanto mais cobertura, mais caro será o seguro. Pode ser, entretanto, que uma cobertura restrita demais possa acabar te deixando na mão quando precisar. Por isso, entender as suas necessidades e conversar com o corretor são passos importantes para encontrar o produto certo para você.

 

De um lado, diminuir muito a cobertura para terceiros ou danos pessoais, por exemplo, pode acabar criando um risco. Do outro, alguns pontos mais específicos podem realmente ser desnecessários no seu caso. “O corretor sabe informar quais são as coberturas de praxe, que não são tão caras, mas dão a segurança necessária para quem faz o seguro”, coloca Berenice.

 

7) Considere a franquia – A franquia é outro ponto que merece atenção para encontrar o equilíbrio desejado no custo-benefício. Quanto mais alto o valor da franquia, mais barato será o do seguro. “Assim, é importante novamente que a segurada conheça suas reais necessidades”, ressalta Faria. Para fazer essa escolha, vale a pena cotar o seguro com a franquia reduzida e verificar o quão mais caro ele ficaria.

 

8) Equilibre preço e qualidade – Aqui novamente cabe esta ideia: o barato pode sair caro. Todo mundo quer economizar, mas escolher um seguro considerando apenas o preço é a receita para adquirir um serviço aquém do desejado.

 

Berenice coloca três questões que podem ajudá-la a balancear preço e qualidade: quais serviços oferecidos pelo seguro eu realmente vou usar? Qual é a fama da seguradora no mercado em relação a pagamento do sinistro? Quantos por cento do tempo meu carro é usado por outros condutores? Outros critérios que devem entrar na balança são: o tempo médio para indenização em caso de perda total do veículo, agilidade no atendimento de ocorrência, na vistoria e autorização de serviços.

 

9) Pesquise entre as seguradoras – Os preços de seguros semelhantes podem variar muito de seguradora para seguradora. Por isso, vale muito a pena fazer uma pesquisa de mercado. Além de cotar os valores em pelo menos três delas, Faria enfatiza a importância de considerar a idoneidade da empresa, verificando se ela é habilitada pela Susep, se é financeiramente sólida e se tem muitas reclamações registradas.

 

10) Não omita informações – Muita gente cai no erro de omitir informações para baratear o seguro, mas essa prática pode levar inclusive à perda do direito por parte da segurada. “No caso de um acidente causado por alguém que dirige o veículo habitualmente e que não está relacionado na lista do questionário, por exemplo, a seguradora pode recusar o pagamento da indenização”, explica Faria. (Portal Finanças Femininas)