Hyundai e Kia reduzem meta de vendas na China em meio a tensão política

Reuters

 

A Hyundai e a Kia Motors preveem que será difícil vender 1 milhão de veículos na China neste ano devido à tensão política – número que representa quase metade da meta inicial das montadoras, informou o jornal Aju Business, citando um executivo.

 

As vendas das duas fabricantes na China despencaram 52% em março na comparação com o mesmo mês de 2016, afetadas pelo sentimento anti-coreano por causa da implantação de um sistema antimísseis norte-americano fora de Seul.

 

“Já que não há ninguém querendo comprar (carros da Hyundai), lançar um novo modelo ou promoção de vendas não tem muito sentido”, afirmou Hsueh Yung-hsing, que supervisiona os negócios das duas montadoras na China.

 

Por outro lado, rivais como a Toyota Motor, a Honda e a General Motors reportaram aumento de vendas na China em março.

 

Hsueh acrescentou que a perspectiva de longo prazo pode ser desanimadora, lembrando que a disputa territorial do Japão com a China em 2012 afetou as vendas de montadoras japonesas por algum tempo.

 

“Levou três anos para o Japão se recuperar da disputa diplomática com a China. Nossos vendedores vão todos partir se os carros não venderem bem e levará pelo menos dois anos para recuperar o mercado”, disse Hsueh ao jornal.

 

O porta-voz da Hyundai se recusou a comentar o assunto.

 

As duas montadoras reduziram acentuadamente a produção de veículos na China em março, segundo uma fonte familiarizada com o assunto. (Reuters/Hyunjoo Jin)