Idec apresenta metas de mobilidade urbana para cidade de São Paulo

Frota & Cia

 

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) apresentou, na última quinta-feira (16), à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte um documento com propostas de metas para a área de mobilidade urbana na cidade de São Paulo.

 

As medidas referem-se ao transporte coletivo e questões de mobilidade, além de segurança no trânsito, emissão de poluentes, abertura de ruas para lazer e participação social.

 

Junto com parceiros como Cidadeapé, CicloCidade, Greenpeace e Cidade dos Sonhos, o Idec construiu a pauta com base no Plano de Mobilidade Municipal de São Paulo, o PlanMob, e acordos internacionais e leis municipais, entre elas a Lei Municipal de Mudanças Climáticas. Conforme explica o pesquisador em mobilidade urbana do Instituto, Rafael Calabria, “o objetivo das entidades é que a prefeitura se comprometa formalmente a cumprir as metas apresentadas”.

 

Até o mês de março, a Prefeitura de São Paulo deverá apresentar oficialmente o seu Programa de Metas. Obrigatório pela Lei Orgânica do Município (LOA), ele deverá conter ações estratégicas, indicadores e metas quantitativas. Já em abril, está prevista uma consulta pública para colher informações e sugestões da população.

 

O Idec irá acompanhar o processo de discussão, que inclui ainda audiência pública. “Há muito o que ser feito pela mobilidade urbana da cidade. Novos corredores, estabelecer um projeto de informações aos usuários de ônibus e reduzir o índice de mortes no trânsito, por exemplo”, finaliza Calabria.

 

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte se colocou à disposição do Idec e das entidades para aprofundar a discussão das propostas de metas apresentadas. Acompanhe abaixo as medidas apontadas:

 

– 150 km de novos corredores;

– 110 km de novas faixas exclusivas de ônibus;

– Estabelecer um projeto de informação aos usuários e um teto para o aumento da tarifa;

– Implementar um cronograma de transição energética para a frota de ônibus municipais;

– Construir novos 16 terminais de ônibus;

– 425 novos km de rede cicloviária;

– Expandir a rede de bicicletas compartilhadas;

– Estabelecer um planejamento estruturado para os pedestres na cidade;

– 1 milhão de m² de calçadas;

– Rever tempo semafóricos de travessias;

– Requalificar a acessibilidade e a integração com ciclistas e pedestres nos corredores de ônibus e pontes da cidade;

– Reduzir o índice de mortes no trânsito para 6 mortos por 100 mil habitantes;

– Implantar áreas de velocidade reduzida nos bairros;

– Instalar fóruns regionais de mobilidade urbana nos Conselhos Participativos das Prefeituras Regionais;

– Fortalecer e criar conselhos gestores locais do programa Ruas Abertas.

(Frota & Cia)