Relatório indica os principais desafios do mercado automotivo para 2017

Portal Empresas e Negócios

 

Com a rápida evolução tecnológica, a popularização do Uber e os veículos conectados, a indústria automotiva deverá se adaptar a inovações e ao novo perfil do consumidor.

 

A indústria automotiva está passando por um período de ruptura e transformação. A relação cada vez mais próxima entre empresas de tecnologia e indústrias de veículos contribuí para expandir os limites do mercado tradicional.

 

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, que analisa as Indústrias em Transformação, de 2016, os consumidores de hoje esperam que produtos e serviços estejam disponíveis quando e onde eles precisam, 24 horas por dia. O transporte para eles não é apenas uma forma de chegar a algum lugar, mas uma experiência, formada por um conjunto ilimitado de mídias sociais e serviços de entretenimento. Tendo em vista este cenário, existem alguns desafios que a indústria automotiva deverá encarar a partir de 2017:

 

  1. O aumento da globalização significa maior complexidade e risco. Mudanças críticas nas fontes globais de suprimento, combinadas com estratégias direcionadas para mercados emergentes, trazem novos desafios relacionados ao comércio global e ao cumprimento de padrões de logística internacional de veículos prontos;

 

  1. As indústrias automotivas estão desgastadas e precisam encontrar novos caminhos para eficiência e crescimento. A maioria dos principais OEMs e fornecedores de Nível 1 têm se concentrado em eficiência operacional, fabricação enxuta, melhorias contínuas e esforços de aumento da qualidade há mais de 20 anos. Por isso, hoje, há espaço limitado nessas áreas para economias e rendimentos adicionais;

 

  1. Soluções de Supply Chain já reduzem os custos de produção. E não há dúvidas de que as tecnologias de supply chain estão no centro dessa transformação digital na indústria automotiva, pois são capazes de minimizar os custos de produção por meio de soluções para análise de performance e de execução no chão de fábrica;

 

  1. O veículo conectado e a popularização do Uber estão levando à ruptura e inovação. O mercado automotivo está deixando de ser exclusivo das montadoras, e um novo ecossistema de fornecedores, OEMs, concessionárias e serviços complementares está chegando. Saber integrar as novidades tecnológicas no ambiente automotivo será fundamental para uma estratégia eficaz e bem-sucedida;

 

  1. Os consumidores estão se afastando da necessidade de possuir um veículo próprio. A indústria está evoluindo para uma mentalidade focada em serviços de transporte, ao invés da entrega de veículos. A Ford, por exemplo, anunciou recentemente seus planos de se posicionar como líder em serviços de transporte, em adição à venda de automóveis. E, veremos, cada vez mais, o modelo ‘Uber’ na indústria, que apoiará o transporte como serviço;

 

  1. A inovação é necessária para melhor atender às necessidades dos clientes. Há uma crescente demanda por personalização e maior intimidade com o cliente. As indústrias automotivas são desafiadas a encontrar novas maneiras de se aproximar do consumidor, ao mesmo tempo em que mantêm a lucratividade.

 

Ainda de acordo com o Fórum Econômico Mundial, a transformação digital no ambiente automotivo está impactando as áreas de pesquisa e desenvolvimento, aquisição, montagem, marketing, peças e serviços. O relatório afirma que no segmento de peças, 10% a 15% de toda a receita global será gerada online até 2025, e para o varejo de peças e serviços, a China será o mercado mais atraente para o crescimento da receita em digitalização. Além disso, a Business Insider estima que mais de 380 milhões dos veículos conectados estarão em circulação em 2021. (Portal Empresas e Negócios)