Dono da Peugeot discute acordo para comprar marca europeia da GM

Reuters

 

A montadora francesa PSA Group, dona da Peugeot, está discutindo a compra das operações europeias da General Motors, tornando a montadora francesa a segunda maior da região e permitindo que a GM se concentre na América do Norte e na China.

 

Em declarações separadas, a GM, proprietária das marcas Vauxhall e Opel, e a francesa fabricante dos carros Peugeot, Citroën e DS, disseram que estavam estudando uma série de “iniciativas estratégicas” com o objetivo de aumentar a rentabilidade e a eficiência operacional, incluindo uma potencial aquisição da Opel.

 

“Não há garantia que um acordo será alcançado”, acrescentaram as empresas. Não ficou imediatamente claro quanto a GM pode querer pelo negócio deficitário europeu.

 

Para a PSA e para a Opel, ambas atuantes principalmente na Europa, é uma rara oportunidade de expandir em um setor afetado por custos elevados, margens baixas e uma forte concorrência.

 

A GM e a PSA já compartilharam a produção de vans comerciais e desenvolveram plataformas de veículos comuns, uma herança da última tentativa de formar uma aliança mais ampla, que foi desfeita em 2013 com a venda da participação da montadora norte-americana na PSA.

 

A GM não conseguiu tornar a Opel rentável mesmo depois de fechar as fábricas da Opel na Bélgica e na Alemanha e retirar as marcas Saab e Chevrolet das vendas. A última vez que a Opel e a Vauxhall registraram lucro líquido foi em 1999.

 

Em conjunto, a PSA e a Opel teriam uma participação de 16,3% no mercado europeu de automóveis de passeio, em comparação com os 24,1% da Volkswagen, com base nos dados de 2016. Eles ultrapassariam a Renault como o rival mais próximo da montadora alemã.

 

Para a GM, a venda da Opel e da Vauxhall, que adicionaram quase 1 milhão de carros às suas vendas, pode significar abandonar a corrida mundial por volumes na qual está atualmente em terceiro lugar, atrás da Volkswagen e da Toyota, com pouco mais de 10 milhões de veículos entregues no ano passado.

 

Vender a Opel liberará a GM para investir mais no desenvolvimento de veículos para os mercados norte-americano e chinês, origem de quase todos os seus lucros automotivos, bem como para expandir novos negócios, como veículos autônomos e comércio conectado. (Reuters/Pamela Barbaglia e Edward Taylor)