VW quer apagar mancha do diesel com elétricos; Brasil espera Tiguan

UOL Carros

 

A Volkswagen se esforça para recuperar a imagem arranhada pelo escândalo do dieselgate perante o consumidor europeu. Veículos a diesel simplesmente desapareceram do estande da marca no Salão de Paris 2016: em seu lugar, entraram carros sustentáveis movidos a eletricidade.

 

Na apresentação desta quinta-feira (29), a estratégia da marca foi não mais pedir desculpas, mas sim afirmar que “está seguindo em uma nova direção”.

 

O grande símbolo da mudança é o conceito ID, 100% elétrico e autônomo. Previsto para chegar à Europa como versão de produção em 2020, tem porte da atual geração do Golf, embora os traços (especialmente na dianteira) remetam muito mais ao de um up! de cara mais limpa.

 

Equipado com dez módulos de baterias, todas localizadas no assoalho, o ID Concept promete até 600 quilômetros de autonomia e recarregar até 85% da energia em cerca de meia hora. Ele também promete promover a estreia da plataforma modular MEB, uma espécie de MQB adaptada para formar veículos puramente “verdes”.

 

E o Brasil?

 

O discurso sustentável e ecologicamente correto ainda está distante da realidade, especialmente em se falando de Brasil.

 

Para nós a aposta mais tangível é a segunda geração do SUV Tiguan, presente em Paris e que deve ser lançada em nosso mercado entre o fim de 2017 e início do ano seguinte. Para isso, a divisão local aguarda início da produção em Puebla (México), o que facilitaria a importação – desde 2009 no Brasil, o Tiguan da Alemanha.

 

Motorização deve seguir 1.4 ou 2.0 turbo, com transmissão automática de oito velocidades compondo o pacote mais caro. UOL Carros apurou que a marca estuda trazer uma unidade conceitual para o Salão de São Paulo, em novembro, mas questões de custo podem barrar o plano.

 

Seis centímetros maior que o modelo atual, a nova geração será ainda mais longa em países como Estados Unidos e China, incluindo configuração para sete lugares. A divisão brasileira ainda não decidiu se vai importar a derivação europeia (cinco lugares) ou americana (sete) ou, por que não, ambas.

 

Também já roda na Europa a linha reestilizada do up!, presente no Salão de Paris apenas na versão elétrica e-up!. A empresa desconversa sobre um possível facelift de meia-vida para o Brasil tão cedo – afinal, o país recebeu o hatch dois anos depois da Europa. Entretanto, não descarta outras mudanças em relação a equipamentos e conectividade – as modernas centrais multimídia de Fox e Gol estão aí, dando sopa – já para 2017. (UOL Carros/Leonardo Felix)