Mercedes-Benz A200 ganha motor flexível, mas mantém os 156 cv

Jornal do Carro

 

Muitos carros brasileiros costumam ter tecnologias criadas na Alemanha. No caso do Mercedes-Benz Classe A, ocorre o inverso. Produzido na Alemanha, o modelo, na versão A200, traz motor flexível, capaz de rodar com etanol e gasolina – misturados ou separadamente. Trata-se de um sistema típico dos veículos fabricados no Brasil.

 

Um dos produtos da plataforma de carros de tração dianteira da montadora – que também inclui o sedã CLA e o utilitário-esportivo GLA, a ser nacionalizado ainda neste ano –, o A200 é também o Mercedes-Benz mais em conta à venda no Brasil. Sai por R$ 139.900 – com o motor 1.6 turbo que gera 156 cv e 25,5 mkgf tanto com gasolina quanto com etanol.

 

Para comparação com os rivais, o BMW Série 1 começa em R$ 157.950, com propulsor também flexível, de 2 litros e 184 cv. No caso do Audi A3, a versão mais simples sai a R$ 120.990, mas traz motor a gasolina de 122 cv. A equipada com o 1.8 de 180 cv custa R$ 152.990. Assim, o A200 se mostra uma boa opção para quem quer um hatch médio premium intermediário em preço e potência do motor – agora com a vantagem de poder escolher o combustível.

 

O modelo não chega a ser empolgante, mas é muito bem construído e oferece excelente dirigibilidade. Por não ter a tração traseira típica dos demais Mercedes, ele se mostra um pouco menos arisco e com excelente estabilidade – tanto pelas respostas diretas da direção quanto pelo acerto da suspensão.

 

E por falar nesse componente, em algumas situações ele acaba causando certo desconforto. Isso porque, em pisos pouco regulares, apresenta alguns baques secos. Além disso, é muito baixo, e bate nas rampas de algumas garagens e nas enormes valetas típicas da capital.

 

Na hora de acelerar, o A200 não é lá um esportivo, mas apresenta, nas retomadas de velocidade, agilidade suficiente para permitir ultrapassagens sem risco, por exemplo. Esse bom desempenho é fruto do “casamento” entre o bom torque, disponível a apenas 1.250 rpm, com o rápido câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens – cuja alavanca, na coluna de direção, é mal posicionada.

 

De série, o A200 traz bancos cujo revestimento combina couro e tecido, central multimídia, faróis do tipo “full-LED” e rodas de 17”. Em segurança, há air bags laterais e para os joelhos e controles eletrônicos de velocidade de cruzeiro, estabilidade e tração. Fazem falta o sensor de obstáculos traseiro e o ar-condicionado com duas zonas. (Jornal do Carro/Rafaela Borges)