Chevrolet adia, mas Onix terá de usar motor 3-cilindros até 2018

UOL Carros

 

A General Motors surpreendeu os competidores ao diminuir o consumo de combustível da linha Onix e Prisma 2017, algo obrigatório pelo programa Inovar-Auto, sem lançar nova família de motores.

 

Para isso, reavaliou o automóvel como um todo. Começou pela fórmula tradicional de pneus verdes e direção eletroassistida. Diminui o peso total do Onix em 32 kg e do Prisma em 34 kg, o que seria, mais ou menos, o ganho de massa se utilizasse um propulsor de três cilindros. Manteve os quatro cilindros e fez aperfeiçoamentos internos.

 

Adotou câmbio de seis marchas, tanto manual (agora) quanto automático (existente, foi reprogramado para menor consumo), além de ajudar na diminuição de rotações e nível de ruído a bordo.

 

Os modelos Chevrolet foram os últimos a aderir ao PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). Neste período a engenharia estudou o ciclo de medição de consumo em laboratório e concluiu que estava apta a atender ao prazo fatal, com nota A no segmento, a preço conveniente.

 

No entanto, não vai “escapar”, adiante, de adotar o motor de três cilindros já existente na Europa, quando se anunciar a segunda rodada do PBEV, a partir de 2018.

 

O que muda agora

 

Quando a General Motors decidiu renovar toda sua gama de produtos no Brasil no intervalo de praticamente um ano, em 2012, sabia que quatro anos depois, em 2016, teria que repetir a maratona de lançamentos. Foram seis, em sete meses. Estreiam agora, de uma só vez, Onix e Prisma 2017 com duplo desafio: aperfeiçoar o visual e, ao mesmo tempo, atender normas obrigatórias de eficiência energética de outubro próximo.

 

A renovação de estilo do Onix, atual líder de vendas do mercado, apesar de não acentuada, é fácil de reconhecer em razão de mudanças no capô, grade, para-choque e faróis. Luzes dianteiras no formato de fileira de LEDs pode até ser confundido com um farol diurno (DRL) verdadeiro. No caso, se trata apenas de “assinatura visual” e, pela nova lei, obrigará o motorista a ligar os faróis baixos convencionais.

 

Caberá à rede de concessionárias explicar aos compradores, para evitar multas.

 

Quanto ao Prisma, além das mudanças na parte dianteira, recebeu novas lanternas traseiras e um discreto defletor na tampa do porta-malas. Foi uma solução de compromisso, pois sedãs compactos costumam dar mais trabalho aos desenhistas pelo desbalanceamento de volumes entre frente e traseira.

 

Ajudou no equilíbrio de linhas e dinâmico do Onix/Prisma a diminuição de 1 cm na altura total por meio de mudanças nas suspensões. Isso é muito raro de acontecer em modelos produzidos para o país dos quebra-molas ou lombadas. A maioria dos carros fica mais alta aqui do que no exterior.

 

Porém, como esperado, a marca Chevrolet também embarcou na onda “aventureira” dos hatches compactos e apresentou o Onix Activ. A fórmula é a de sempre: altura de rodagem maior (3 cm, incluindo suspensões e pneus), acabamento diferenciado, barras de teto e mais equipamentos.

 

Onix Activ custa R$ 57.190 na configuração manual, R$ 62.290 com câmbio automático. Onix padrão começa em R$ 44.890 com motor de 1 litro, indo a R$ 59.790 com o de 1,4 l e câmbio automático. Prisma de R$ 53.690 e 64.690, respectivamente, sempre com 1,4 l.

 

O sistema OnStar oferece mais um pacote de serviços. Adotou, ainda, monitoramento de pressão de pneus. (UOL Carros/Fernando Calmon)