Jornal do Carro
Poucos itens do carro são tão cruciais para a segurança quanto os freios. A negligência na manutenção do sistema pode levar à perda de eficiência, com risco de provocar acidentes graves.
A durabilidade das peças varia conforme o tipo de uso do veículo. Em geral, as montadoras recomendam que os freios sejam revisados a cada 10 mil km. “Mas nos táxis, por exemplo, sujeitos ao anda e para dos congestionamentos, o intervalo deve ser de 5 mil km”, diz o gestor da Varga Serviços, na zona sul, Paulo Ricardo Forlin.
As pastilhas, que são as peças mais exigidas do sistema, podem ter de ser repostas a partir dos 10 mil km. Os discos duram o dobro disso. “Se as pastilhas não forem trocadas, pode ocorrer o desgaste prematuro dos discos, encarecendo a manutenção”, diz o presidente do Sindirepa-SP, o sindicato das reparadoras, Antonio Fiola.
Nos modelos mais simples, os freios das rodas traseiras são acionados por tambores, cuja durabilidade é mais longa que as dos discos. “Eles devem ser trocados, em média, a cada 60 mil km. Antes disso, a manutenção inclui apenas lubrificação e regulagem”, explica o consultor técnico da rede de oficinas M8, Fabiano Reis.
Quando alguma coisa não vai bem com os freios, o carro emite sinais de alerta. “O principal é a perda de eficiência. O motorista aplica grande esforço no pedal e obtém pouca diminuição da velocidade”, descreve o professor de engenharia da FEI Guilherme Raszl.
Trepidação no pedal é outro sintoma de problema. Os assobios, comumente associados ao desgaste das pastilhas, também podem ocorrer se essas peças forem de má qualidade ou quando grãos de areia se prenderam nelas, gerando ruído. Na dúvida, é melhor levar o carro a um especialista.
Para prolongar a durabilidade dos componentes, a dica é adotar um estilo de condução mais ameno, evitando frenagens bruscas – o melhor é tentar se antecipar aos obstáculos e reduzir a velocidade gradativamente. Em serras e declives, manter o veículo engrenado e usar o freio-motor ajudam a preservar o sistema.
Preços
Na Varga Serviços (5543-2623), na zona sul, um jogo de pastilhas custa R$ 88,60 para o Chevrolet Onix, R$ 130,18 para o Volkswagen Gol G5 e R$ 142,28 para o Toyota Corolla. O par de discos para os mesmos modelos custa R$ 169,22, R$ 218,66 e R$ 433,16, respectivamente.
Também localizada na zona sul da capital, a Mello Auto Peças (5013-9999) cobra R$ 136 pelo par de tambores traseiros do Volkswagen Gol G5. (Jornal do Carro/Thiago Lasco)