Ford reforça oferta de 1.0 turbo no Brasil

DCI

 

Ainda que de forma tímida, os modelos 1.0 turbinados vêm ganhando espaço no mercado brasileiro. Para atingir o consumidor, o mote de montadoras como a Ford – que lançará em breve o Novo Fiesta equipado com a tecnologia – é vender economia de combustível e redução nas emissões.

 

“Além da eficiência energética, as respostas do nosso motor Ecoboost são muito mais rápidas. Se o consumidor perceber os benefícios, estará disposto a pagar mais pela tecnologia”, afirmou ao DCI o gerente de produto da Ford, Fernando Pfeiffer.

 

O Novo Fiesta 1.0 turbo engorda a oferta de produtos neste segmento no País, forte tendência na Europa e que vem crescendo por aqui principalmente por conta das exigências do Inovar-Auto de eficiência energética. Hoje, o mercado brasileiro conta com o up!, da Volkswagen, e com o HB20, da Hyundai.

 

Segundo Pfeiffer, o motor Ecoboost promete economia de até 20% no consumo de combustível e redução de até 15% nas emissões de CO2.

 

Além disso, um dos diferenciais para garantir desempenho é a aplicação da injeção direta, ainda pouco usada no Brasil devido ao custo. A tecnologia reduz sensivelmente as perdas de energia no processo de combustão.

 

“No mundo, 80% das vendas da Ford são de Ecoboost”, destaca. Pfeiffer observa que a tendência no mercado brasileiro é que a tecnologia equipe cada vez mais modelos da marca. Hoje, apenas o Fusion 2.0 tem motor Ecoboost em substituição ao V6. “Sem a perda de performance”, garante.

 

Turbinados

 

O emprego do turbocompressor em motores de três cilindros – o chamado downsizing – vem ganhando força no mercado brasileiro.

 

No entanto, hoje existem apenas dois fabricantes locais, a Garrett (Honeywell) e a BorgWarner. Recentemente, executivos destas empresas afirmaram que a velocidade dos projetos de modelos turbinados no Brasil está abaixo do esperado. Mas a expectativa é de crescimento até 2020.

 

Para o gerente da Ford, é difícil estimar a velocidade de maturação deste mercado. “Mas temos certeza que vai crescer de forma significativa”, avalia Pfeiffer. (DCI/Juliana Estigarríbia)